Washington - A Suécia recebeu garantias dos EUA de que terá apoio durante o período em que um possível pedido de adesão à OTAN for processado pelas 30 nações do grupo.
O facto foi anunciado pela ministra sueca dos Negócios Estrangeiros, Ann Linde, em Washington, nesta quarta-feira.
Suécia e a vizinha Finlândia ficaram de fora da OTAN durante a Guerra Fria, mas a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014 e a invasão russa da Ucrânia levaram os países a repensar as suas políticas de segurança, com a adesão à OTAN cada vez mais provável.
Ambos os países estão preocupados com a vulnerabilidade durante um processo de candidatura, que pode levar até um ano para ser aprovado por todos os membros da aliança.
"Naturalmente, não vou entrar em detalhes, mas tenho certeza de que agora temos uma garantia norte-americana", disse Linde à TV sueca depois de se encontrar em Washington com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
"No entanto, não são garantias de segurança concretas, aquelas que você só pode obter se for um membro pleno da OTAN", acrescentou.
Linde recusou-se a dizer quais garantias ela recebeu de Blinken.
"Eles querem dizer que pode ficar claro à Rússia que, se dirigir qualquer tipo de actividade negativa contra a Suécia, o que eles ameaçaram, não seria algo que os EUA permitiriam que acontecesse... sem uma resposta", disse ela.
Um comunicado do Departamento de Estado dos EUA divulgado após a reunião informou que Blinken reafirmou o compromisso de Washington com a política da OTAN de receber novos membros, mas não mencionou garantias de segurança..