Moscovo - O vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, disse hoje que o crude e os derivados do petróleo russos continuam a ser procurados pela Europa argumentando que as "excepções" ao embargo e as tabelas que fixaram os preços provam o interesse.
"Novamente, as excepções demonstram que o nosso petróleo e os nossos produtos petrolíferos têm procura na Europa", disse Novak à agência de notícias Interfax.
Novak, responsável pela sector energético da Rússia, referia-se às últimas posições da Comissão Europeia sobre o "preço máximo" que foi taxado aos derivados do crude russos.
Mas que não se aplica no caso de serem "transformados substancialmente" num terceiro país através da mistura de produtos do Estado que produz a transformação, disse.
"Mais uma vez, isto mostra que as acções dos políticos europeus não têm lógica. A Europa necessita dos nossos recursos energéticos", frisou.
O vice-primeiro-ministro afirmou ainda que as excepções da Comissão Europeia são "de facto" a "legalização dos 'esquemas cinzentos' que se utilizam há muito tempo, devido a decisões sem eficácia que os políticos europeus já adoptaram em 2022".
Sublinhou que vão assistir ao desenvolvimento da situação. Está certo de que os sectores vão manter-se de forma estável.
O embargo à importação dos derivados do crude russo adoptado pelos países do G7, União Europeia e Austrália e a imposição de um preço máximo a estes produtos, transportados por via marítima, entraram em vigor no domingo passado.
O preço máximo para o barril de gasóleo russo é de 100 dólares, fixando-se em 45 dólares o preço do barril de outros derivados do crude da Rússia.
A medida, adoptada no quadro das sanções "ocidentais" contra a Rússia por causa da nova campanha militar contra a Ucrânia proíbe os operadores europeus a efectuarem o transporte ou organizar carregamentos de derivados russos vendidos a um preço superior ao que foi estabelecido.