Teerão - O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, condenou hoje o recente assassinato no Irão do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, durante uma conversa com o homólogo egípcio, Badr Abdelatty.
Ao expressar a sua "preocupação com a contínua crise humanitária causada pelo conflito em Gaza, Wang propôs uma iniciativa em três etapas para resolver a situação, alertando que "a violência apenas perpetua um ciclo vicioso de retaliação”.
Segundo o governante, as três etapas são: Alcance de um cessar-fogo abrangente, promoção a administração pós-crise do território sob o princípio do 'domínio palestiniano sobre a Palestina' e pela implementação efectiva a 'solução de dois Estados.
A China "continuará a apoiar a justiça internacional, a reforçar a solidariedade com os países árabes e a trabalhar com todas as partes para evitar uma deterioração do conflito", disse o chefe da diplomacia chinesa, que apelou a que não se apliquem "dois pesos e duas medidas" à situação em Gaza.
Abdelatty lamentou a "dificuldade acrescida em chegar a um acordo de cessar-fogo após o assassinato de Haniyeh, o que pode desencadear uma guerra em grande escala na região".
Haniyeh "morreu em resultado de um ataque sionista traiçoeiro", afirmou um comunicado do Hamas, prometendo que Israel "não ficará impune".
O líder do Hamas, que vivia em auto-exílio no Qatar, estava de visita a Teerão para assistir à cerimónia de tomada de posse do reformista Masoud Pezeshkian como presidente do Irão, que ameaçou retaliar. CQ/JM