Pyongyang - O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, garantiu que o país poderá usar armas nucleares "de forma preventiva" se for ameaçado, avançou hoje à agência de notícias oficial norte-coreana KCNA.
Segundo um comunicado, Kim expressou "firme vontade" de continuar a desenvolver forças nucleares para poder "conter e frustrar, de forma preventiva e completa, todas as tentativas perigosas e acções ameaçadoras, incluindo as crescentes ameaças nucleares de forças hostis".
Kim falava durante uma reunião em que elogiou os principais líderes militares da Coreia do Norte pela realização, a 25 de Abril, de um desfile militar na capital, Pyongyang, para marcar o 90.º aniversário das forças armadas do país.
Num discurso durante o desfile, Kim prometeu aumentar a capacidade nuclear do país "ao ritmo mais rápido possível", face a "um contexto político e militar turbulento e a várias crises que estão por vir".
Na sexta-feira (29), especialistas do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês) dos Estados Unidos disseram que "os preparativos estão em andamento" para um novo teste nuclear da Coreia do Norte, que seria o primeiro desde 2017.
Uma análise a fotografias, obtidas por satélite esta semana, mostrou um grande volume de actividade no centro de testes nucleares norte-coreano de Punggye-ri, no nordeste do país, referiu o CSIS.
As entradas para vários túneis de testes tinham sido demolidas pelo governo da Coreia do Norte em 2018, num gesto para facilitar o diálogo com os EUA, no início de conversações diplomáticas.
O diálogo com Washington está suspenso, desde o fracasso da cimeira de Hanói, em 2019, entre Kim Jong-un e o ex-Presidente dos EUA Donald Trump.
"Embora algumas fontes sugerem que o sétimo teste nuclear possa ocorrer entre Maio e Setembro deste ano, a data de um sétimo teste nuclear vai depender, sem dúvida, exclusivamente da decisão pessoal" de Kim Jong-un, referiu o CSIS.
Apesar das severas sanções internacionais, a Coreia do Norte está a intensificar os esforços para modernizar o exército e desde o início deste ano que tem testado armas proibidas por tratados internacionais.