Moscovo - A Presidência Russa (o Kremlin) afirmou nesta sexta-feira, em Moscovo, que todos os jornalistas estrangeiros credenciados podem continuar com as suas actividades na Rússia, um dia depois que um repórter do Wall Street Journal foi detido por acusações de espionagem apresentadas pela agência de segurança FSB.
O Kremlin afirmou que Evan Gershkovich realizava espionagem "sob o disfarce" do jornalismo. A Rússia não publicou nenhuma evidência para apoiar as acusações -- o primeiro caso deste tipo contra um repórter norte-americano desde o fim da Guerra Fria -- que foram negadas pelo WSJ.
"Todos os jornalistas que têm credenciamento válido aqui - quero dizer jornalistas estrangeiros - podem e continuam as suas actividades jornalísticas no país. Eles não enfrentam nenhuma restrição e estão a trabalhar bem", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres nesta sexta-feira.
Gershkovich, que é um repórter credenciado, foi preso na cidade de Yekaterinburg sob acusações classificadas pelo governo dos EUA e por aqueles que o conhecem como falsas. Um tribunal de Moscovo ordenou que o acusado fosse mantido em prisão preventiva até pelo menos 29 de Maio.
Peskov repetiu nesta na sexta-feira a afirmação de que Gershkovich foi "pego em flagrante", mas recusou-se a entrar em detalhes sobre o caso, que foi mantido em segredo até mesmo pela equipa jurídica do repórter. DSC