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Desistência de Biden a recandidatura presidencial dos EUA manchete da semana

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  • Luanda • Sábado, 27 Julho de 2024 | 15h44
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Luanda - A desistência do actual Presidente dos Estados Unidos da America, Joe Baden, a corrida como candidato do partido democrático a presidência do país nas eleições de Novembro deste ano, foi um dos principais destaques do noticiário da ANGOP nos últimos sete dias.

Biden tentou até ao passado sábado convencer aos membros do seu partido para recandidatar-se ao cadeirão máximo da Casa Branca (presidência dos Estados Unidos) mas foi forçado a renunciar a sua intenção no domingo devido à pressão interna da sua organização partidária.

"E embora tenha sido minha intenção procurar a reeleição, acredito que é do interesse do meu partido e do país que desista e concentre-me exclusivamente no cumprimento dos meus deveres como Presidente durante o resto do meu mandato", pode ler-se num anúncio feito este numa publicação na rede social X.

A decisão foi tomada na sequência das crescentes pressões de que Joe Biden vinha sendo alvo para desistir, uma vez que as preocupações com o seu estado de saúde e desempenho, devido à avançada idade, ganharam destaque após o debate televisivo com Donald Trump.

Em reacção a sua tomada de decisão, o antigo presidente Bill Clinton e a sua esposa Hillary Clinton afirmaram que apoiarão Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, a candidatura a corrida a presidência.

"É uma honra para nós juntarmo-nos ao Presidente (Joe Biden) na recomendação da vice-presidente Kamala Harris (como candidata democrata) e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para apoiá-la", afirma o casal Clinton em comunicado.

De igual forma, alguns líderes internacionais elogiaram a decisão de Biden.

A Presidência russa (o Kremlin), por exemplo, reagiu ao anúncio referindo que faltam quatro meses para as eleições, o que é "um longo período durante o qual muita coisa pode mudar".

Recorrendo à rede social X (antigo Twitter), o Presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, elogiou a "decisão corajosa e digna do Presidente dos Estados Unidos", sublinhando o "grande gesto de um grande Presidente que sempre lutou pela democracia e pela liberdade".

Já o novo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou respeitar a decisão que espera trabalhar em conjunto durante o resto do mandato, referindo que Biden "terá tomado a sua decisão com base no que acredita ser o melhor para o povo norte-americano".

O chefe do governo polaco, Donald Tusk, argumentou que as muitas "decisões difíceis" tomadas pelo Presidente dos EUA "tornaram a Polónia, os Estados Unidos e o mundo mais seguros e a democracia e a liberdade mais fortes".

Em função disso, a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, anunciou no domingo que vai candidatar-se à Casa Branca.

"Sinto-me honrada por ter o apoio do presidente (Joe Biden) e a minha intenção é conseguir vencer esta nomeação" que será decidida na Convenção do Partido Democrata no próximo mês, em Chicago.

Ainda esta semana, a ANGOP destacou a realização da cimeira do G20 no Rio de Janeiro (Brasil), na qual os membros das maiores economias mundiais não encontraram consenso sobre a discussão dos conflitos em Gaza e na Ucrânia.

"Alguns membros e outros participantes expressaram as suas perspectivas sobre a Rússia e a Ucrânia e a situação em Gaza", começou por explicar, em comunicado, o Governo brasileiro, que até ao final de Novembro detém a presidência do grupo das 20 maiores economias mundiais.

De acordo com as autoridades brasileiras, "alguns membros e outros participantes consideraram que essas questões têm impacto na economia global e devem ser tratadas no G20". Por outro lado, "outros não acreditam que o G20 seja fórum para discuti-las".

Também foi destaque no noticiário da ANGOP, a admissão por parte dos serviços secretos dos EUA por falha na protecção do candidato a presidente dos EUA, Donald Trump, que sofreu um atentado a 13 deste mês durante um comício eleitoral no estado de Pensilvânia.  

Segundo a sua directora, Kimberly Cheatle, durante uma audição no Congresso dos Estados Unidos, admitiu que a tentativa de assassínio do ex-Presidente Donald Trump foi o "fracasso operacional mais significativo" da agência em décadas nos EUA.

"No dia 13 de Julho, falhámos", afirmou. Na sequência disso, a responsável pediu a sua demissão ao cargo. DSC/JM





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