Pyongyang - A Coreia do Norte anunciou hoje 15 novas mortes e centenas de milhares de doentes com febre, numa altura em que estão mobilizados mais de um milhão de profissionais para combater o primeiro surto de covid-19.
Um total de 42 pessoas já morreram no país, entre os 820.620 casos de febre detectados, dos quais pelo menos 324.550 necessitaram de tratamento médico, informou a agência de notícias oficial norte-coreana, KCNA, sem especificar quantos casos de febre e quantas mortes foram causadas pela covid-19.
Mais de 1,3 milhões de pessoas, entre profissionais de saúde e trabalhadores de outras áreas, estão envolvidos na testagem, no tratamento de doentes e em ações sensibilização da população para questões relacionadas com a higiene, acrescentou a KCNA.
Até agora, a Coreia do Norte só confirmou uma morte relacionada com a covid-19.
O país impôs um confinamento geral na quinta-feira, depois de confirmar as primeiras infecções pela variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2, desde o início da pandemia, há mais de dois anos.
Peritos afirmaram que uma falha no controlo da propagação da doença pode trazer consequências devastadoras para a Coreia do Norte, considerando o frágil sistema de saúde e o facto de grande parte dos 26 milhões de norte-coreanos não estarem vacinados, de acordo com a agência de notícias Associated Press (AP).
O sistema de saúde norte-coreano é considerado um dos piores do mundo, tendo sido classificado, numa avaliação realizada pela Universidade Jonhs Hopkins, dos Estados Unidos, em 193.º lugar entre 195 países, devido a falta de medicamentos e de equipamentos essenciais, de acordo com especialistas.
No entanto, o Governo local rejeitou o plano de vacinação proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e ofertas de fornecimento de vacinas feitas pela China, Rússia e Coreia do Sul.
A covid-19 causou mais de seis milhões de mortos e mais de 520 milhões de infeções em todo o mundo, de acordo com dados da Universidade norte-americana Johns Hopkins.