Talatona - A Casa das Artes no Talatona (Luanda) acolheu, na noite de sexta-feira, a 7ª edição do concerto musical "Lundongo no Lwandu", promovido pelo cantor e compositor NDaka Yo Wini.
O show uma fusão de ritmos tradicionais e modernos, com desfile dos estilos Kilapanga, Tchianda, Afrobeat e Jazz, foi marcado por uma sonoridade acústica.
O mesmo teve a duração de duas horas, com a interpretação de temas como “Sekulu-Akunlu Vendamba”, “Lombolola”, “Vakale”, "Ombembwa", “Suku Nzmbi”, “Akatanga”, "Ndi kalikenda", “Ndjambate”, “Ukolo Passuk”, “Ndikalikenda” e "Tchove Tchove".
Em declarações à imprensa, Ndaka Yo Wini (termo em Umbundu que significa a voz do povo), informou que o projecto Lundongo no Lwandu é uma plataforma de concertos que tem evoluído a cada ano.
Desta vez, explicou, trouxe uma ideia comum e exclusiva, onde todos que nele participam prestam uma homenagem, assim como cumprem uma missão de honra aos ancestrais angolanos.
Para ele, o espectáculo visa congregar quatro elementos que caracterizam a sua musicalidade, respectivamente, o canto, contos, provérbios e migração do sotaques, numa incessante busca de conteúdos nas investigações e no campo da oralidade.
"‘Lundongo no Lwandu’, surge como palco onde exploro elementos todos de forma artística. Lundongo é um adjectivo que deriva do olundongo, que é um género musical, oriundo das canções e danças do Sul de Angola, procurei agir de forma autêntica, e busquei o lwandu, que representa a simbologia do nosso berço, referiu.
Para Ângela Ferrão ,a convidada da noite que interpretou Wanga, partilhar o palco com o Ndaka Yo Wine, nesta 7º edicção do Lundongo no Lwandu, é uma honra por ser um artista conhecido pela sua forma peculiar de defender a sua identidade.
“O seu estilo de interpretar tem muita a ver com o meu”, referiu.
Adriano Dokas ou simplesmente, NDaka Yo Wini, nasceu na cidade do Lobito, província de Benguela, em Janeiro de 1981, formou-se em engenharia de fluidos integrados, no ramo petrolífero, na Tailândia.
E um jovem artista que tem despontado e despertado a atenção dos amantes da música, fazendo fusão de ritmos tradicionais e sonoridades modernas, tais como Jazz, Blues, Reggae, Folk e música dos grupos etnolinguísticos Ovimbundu e Kwanhama, passando pelo Kilapanga, Tchianda e o Afrobeat.
O concerto será realizado em dois dias e tem reservado para o último dia convidados como Nito Gaspar e Branca Celeste.MAG