Ondjiva – O escritor Isidore Otombo incentivou, nesta quarta-feira, em Ondjiva (Cunene), a promoção e preservação da dimensão cultural do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, visando a salvaguarda da unidade nacional.
Em declarações à ANGOP, por ocasião do 102º aniversário do Dia do Herói Nacional, a assinalar-se no próximo dia 17 de Setembro, Isidore Otombo, destaca que o legado cultural deixado por Neto em 1974, nas escritas da obra Sagrada Esperança, deve ser preservado.
“Agostinho Neto escreveu Sagrada Esperança no contexto difícil do país para despertar que havemos de voltar às nossas culturas e tradições, sendo uma obra de dimensão poética e de reflexão que exalta o angolano”, afirmou.
Considera ser importante que os angolanos de Cabinda ao Cunene estejam mais unidos em torno da defesa da identidade cultural, que nos últimos tempos “tem estado a perder os valores”, como forma de honrar a memória do fundador da Nação.
Enfatiza o facto de fazer todo o sentido que seja amplamente divulgada, sobretudo entre as gerações mais novas, para que se possa perpetuar o seu legado, porque continua ainda vivo.
Outro legado deixado por Neto, precisou, tem a ver com a questão da civilizacional que durante muito tempo registou uma ruptura e Neto fez isso pela sua escrita e fala, em rebuscar a cultura e a identidade do seu povo.
Isidore Otombo afirmou que os feitos de Agostinho Neto ajudam na transmissão do seu legado à nova geração, sendo um dever de todos devido a grandiosidade dos seus ideais e a sua importância na construção de uma Nação melhor.
António Agostinho Neto nasceu a 17 de Setembro de 1922, em Kaxicane, Icolo e Bengo. Neto proclamou a independência do colonialismo português a 11 de Novembro de 1975 e morreu a 10 de Setembro de 1979.
É reverenciado em Angola como poeta. Suas obras estão recolhidas nos livros Quatro Poemas de Agostino Neto (1957) Sagrada Esperança (1974) e A Renúncia Impossível (1982). PEM/LHE/SEC