Luanda - O músico Eduardo Paim destacou a evolução do estilo musical e da dança Kizomba, enquanto cartão de visita que tornou-se num meio de atracção de turistas e, consequentemente, uma via de aquisição de receitas.
Falando sobre a 27ª edição do Festival da Canção, organizado pela Luanda Antena Comercial (LAC) e que vai abordar a Kizomba e o percurso do músico, Eduardo Paim fez uma incursão histórica sobre este estilo musical.
Na última quinta-feira, em Luanda, o coroado “Rei do estilo Kizomba” considerou necessário instruir as pessoas para que essa evolução seja consequente e não haja desvirtuação com as influências de outros estilos musicais.
Realçou que a Kizomba tem estado a marcar passos decididos e como prova disso está o conhecimento mundial deste estilo.
Nesta conformidade, acrescentou, é preciso “caprichar” mais, no sentido de elevar a qualidade, que é um aspecto singular dos artistas, devendo cada um destes primar pelo seu melhor, afim dos resultados todos catapultar o país para um patamar considerável.
O músico Eduardo Paim será homenageado durante a 27ª edição do Festival da Canção de Luanda, a realizar-se no dia 20 de Setembro deste ano, numa das unidades hoteleiras da capital.
Foi coroado "Rei" da Kizomba, em Maio deste ano, durante a primeira conferência internacional sobre Kizomba, realizada em Luanda e organizada pela Associação Original Kizomba.
O festival terá as categorias melhor letra, voz, produção, interpretação e auditores com o prémio de 500 mil kwanzas.
Nascido a 13 de Abril de 1964, em Brazzaville (República do Congo), Eduardo Paim influenciou grandemente o circuito musical angolano na década de 1980, surgindo no início da seguinte com uma das maiores influências da mistura do zouk com o semba, tornando-se, por isso, num dos criadores do género musical conhecido como Kizomba.
O General Kambuengo, como é tratado pelos mais próximos, estudou na escola São Domingos e nos tempos livres ia ver os grupos musicais da altura a ensaiarem. Viveu o auge da sua carreira musical em Portugal, onde conseguiu o seu primeiro "Disco de Ouro", por vender mais de 50 mil cópias, na obra "Do Kayaya". CPM/OHA