Lubango - O Gabinete da Educação na Huíla admitiu enfrentar dificuldades para prover manuais gratuitos de Língua Portuguesa às escolas públicas, pela incapacidade produtiva nacional, para atender à demanda da 1ª à 6ª classe.
A preocupação foi manifestada hoje, sexta-feira, nesta cidade pelo porta-voz do Gabinete provincial da Educação na Huíla, Benício Puna, referindo que nos últimos anos, a nível nacional, tem existido essa carência de material.
Disse que a Língua Portuguesa é a cadeira mais procurada, sobretudo nas escolas do ensino primário, e apesar de receberem anualmente, nunca chegam para todos, uma situação que é transversal a outras províncias.
Mesmo sem avançar a necessidade da província, por o Gabinete estar num processo de actualização dos dados, através das direcções municipais, referiu que nos últimos três anos, os manuais de Língua Portuguesa foram sempre inferiores em relação aos outros.
Para o ano lectivo que inicia na segunda-feira, 02 de Setembro, em que estão matriculados mais de 800 mil alunos, a fonte ressaltou que ainda não receberam manuais, ao passo que no anterior foram sete mil, dos quais, três mil eram de Língua Portuguesa.
Em função disso, Benício Puna, referiu que para aliviar a pressão, a distribuição é feita por representatividade por escola.
Na abertura do ano lectivo, hoje, nos Gambos, a vice-governadora da província, Maria Chipalavela, fez saber que a distribuição de material didáctico teve uma cobertura de 595 mil 838 alunos, representando um aumento de nove por cento no ano passado.
Para este ano lectivo pretendem alcançar 630 mil 781 alunos, aumentando a disponibilidade de materiais didácticos em 20 por cento até ao final do mesmo.
A Huíla matriculou 835 mil 103 alunos, mais 46 mil 508 em relação ao ano 2023-2024, em mil 141 escolas, que corresponde a mais de 10 mil salas de aula. A Huíla conta igualmente com 20 mil 305 professores. EM/MS