Moçâmedes- O secretário de Estado para os sectores de Aviação Civil, Maritima e Portuária, Emilio Vumpa Londe, destacou hoje que o Porto do Namibe tem uma função estratégica na economia do país, destacando-se na exportação do granito.
Segundo o responsável que falava momentos após visitar as obras da terceira fase desse imponente empreendimento, o governo confere uma atenção especial ao Porto do Namibe.
Apontou que um dos benefícios desse Porto passa pela exportação de vários produtos para diferentes países, sendo o granito um dos minérios mais exportado e que tem permitido a arrecadação de receitas para os cofres do Estado.
Durante a visita, o secretário de Estado inspeccionou as obras da terceira fase, que visam a extensão do terminal do Porto Namibe, permitindo, após a sua conclusão, prevista para dentro de 36 meses, aumentar a produção.
Prevê-se a criação de condições para promover o desenvolvimento da região sul do pais, concretamente nas importações e exportações de diversos produtos.
O representante da TOYOTA, o japonês Schiro Kashtani, patrocinadora do empreendimento portuário, reafirmou que a reabilitação do Porto estará concluída dentro de 36 meses.
“Notamos um crescimento onde futuramente teremos um terminal de carga sofisticado e no saco-mar as obras também estão a bom ritmo o que permitirá a exportação de ferro com mais segurança”, disse o representante da TOYOTA.
Financiado pela Toyota Tsuho Corporation, o Banco do Japão para a Cooperação Internacional (JBIC), bancos comerciais japoneses e Banco de Desenvolvimento da África Austral ( DBSA), em cerca de 600 milhões de dólares-norte-americanos, a sua construção facilitará a cooperação com os estados da comunidade de Peises da Àfrica Austral (SADC).
A obra do terminal de contentores do Porto do Namibe permitirá ainda que futuramente seja uma infra-estrutura moderna e equipada com meios para melhorar a eficiência da operação portuária e aumentar a competividade do empreendimento.
O projecto que teve início em 2021, contempla igualmente a reabilitação do Terminal Minaraleiro de Saco-Mar, há oito quilómetros a norte da cidade do Namibe, na zona norte da Baia de Moçâmedes, bem como a uma barreira de protecção da marítima, a norte da foz do rio Bero.
O terminal Minaraleiro do saco-Mar faz parte da zona de jurisdição do Porto do Namibe, cuja área é limitada, a Norte pelo farol da Ponte do Giraúl, e a sul, pela Ponte do Pau Sul (Ponta do Noronha), englobando duas infra-estruturas portuárias com funcionalidades diferentes.
O mesmo foi construído, em 1970, com objectivo de receber navios minaraleiros de grande porte, com cotas de fundo junto à ponte-cais de cerca de 20 metros, mas desativado em 1978, com a interrupção da exploração das minas de ouro de ferro, particularmente em Kassinga (Huíla) e Cuchi (Cuando Cubango).
A empreitada enquadrada no projecto de Desenvolvimento Integrado da Baia de Moçãmedes vai criar mais espaços para aumemnto da actividade económica e piscatória que se desenvolve nesta zona, bem como a implementação de infraestruturas de promoção do turismo, cultura e lazer, alterando o cartão de visita da cidade de Moçâmedes.