Malanje- A produção de açúcar na Companhia de Bioenergia de Angola (BIOCOM) ficou interrompida, durante o mes de Julho, devido a uma avaria na componente industrial, criando transtornos no gráfico de planificação da empresa e da safra na campanha de 2023.
A informação foi dada sexta-feira, pelo director de finanças e planeamento estratégico da BIOCOM, Noé Cardoso, tendo justificado que fruto da avaria, registou-se atrasos na entrega do produto aos clientes.
Segundo o responsável, apesar de a situação estar já ultrapassada, tudo está a ser feito para a recuperação da produção inicialmente planificada estimada em 120 mil toneladas até ao mês de Outubro deste ano.
“Começamos bem, mas no mês passado tivemos uma avaria que levou algum tempo para reposição da peça, e isso, causou algum desvio relativamente ao preconizado da produção para este período”, disse.
A BIOCOM reconhece o preço alto do açúcar praticado actualmente no mercado, e garante prontidão em reverter o quadro nos próximos meses.
Angola consome actualmente, cerca de 300 mil toneladas de açúcar/ano, das quais 40 por cento são fornecidas pela BIOCOM, a partir da sua unidade instalada no município de Cacuso, Malanje.
A unidade fabrica igualmente o etanol que é usado nas indústrias de bebidas, cosmética e farmacêutica, bem como na higiene e limpeza, enquanto a energia eléctrica a partir de biomassa (bagaço de cana de açúcar) é consumida na própria instalação e o excedente injectado na rede pública.
Actualmente, a companhia conta com cerca de dois mil funcionários, mais de 30 mil hectares de terras cultivadas.
A BIOCOM produz 60 por cento da sua capacidade e prevê atingir o pico em 250 mil toneladas, 19 mil metros cúbicos de etanol e 16 megawatts de energia, até 2027.PBC