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Vitória da Nigéria sobre os EUA é um aviso ao mundo - António da Luz

     Desporto              
  • Luanda • Domingo, 11 Julho de 2021 | 21h55
António da Luz defende incentivo à leitura no seio dos desportistas
António da Luz defende incentivo à leitura no seio dos desportistas
Marcelino Camões

Luanda – O basquetebol nigeriano está a desenvolver-se de tal modo que a vitória da selecção masculina diante dos Estados Unidos da América, por 90-87, este domingo, é um aviso ao mundo do potencial que aquele país pode atingir a médio prazo, segundo o comentarista desportivo, António da Luz.

Reagindo à ANGOP ao triunfo dos africanos, afirmou que a selecção campeã do Afrobasket´2019 é constituída maioritariamente por atletas filhos de nigerianos nascidos nos EUA e por bolseiros naquele país, não sendo de estranhar a qualidade que apresentam.

O também treinador da modalidade disse estar a Nigéria a realizar um trabalho notável, sobretudo a nível organizativo, pelo que a vitória, ainda que em jogo de preparação para os Jogos Olímpicos, de 24 deste mês a 8 de Agosto, em Tóquio (Japão), pode ser considerada fruto desta nova postura.

Para António da Luz, o basquetebol nigeriano é actualmente o mais forte em África, secundarizando o angolano em situação de decréscimo, sendo provável que vença o Afrobasket a decorrer em Agosto no Rwanda, enquanto, em sua opinião, Angola deve preparar a próxima edição.

“Não se pode ainda afirmar que os nigerianos vão para o Afrobasket do Rwanda com os mesmos atletas que evoluirão nos Jogos Olímpicos, por força dos contratos nos respectivos clubes, mas se assim acontecer terão menos dificuldades para lograr o título”, afirmou o ex – basquetebolista.

Quanto aos norte-americanos, referiu que continuam sendo a maior potência do basquetebol mundial, mas que não se deve ignorar o facto de a modalidade estar em crescimento no mundo, não sendo diferente no continente africano.    

A derrota histórica desta madrugada caiu como um balde de água fria para os americanos, tendo em conta a expectativa de invencibilidade rumo aos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Ao longo dos tempos, os EUA haviam perdido já vários jogos amistosos, mas desde que os jogadores da NBA começaram a integrar as selecções olímpicas em 1992 (Dream Team de 1992), nenhuma dessas derrotas foi contra uma oponente de África.

“Queríamos apenas competir”, disse o nigeriano Gabe Nnamdi, que atende por Gabe Vincent quando actua pelo Miami Heat.

Já o técnico dos Estados Unidos, Gregg Popovich, afirmou que a selecção nigeriana jogou muito fisicamente, fez um óptimo trabalho e converteu muitas bolas de três pontos.

Nnamdi liderou a Nigéria com 21 pontos. Caleb Agada marcou 17, Ike Nwamu somou 13. A Nigéria acertou 60 pontos em lances de longa distância.

Kevin Durant, que nunca havia sido derrotado com a camisa da selecção em 39 jogos internacionais, fez 17 pontos. Jayson Tatum adicionou 15, Damian Lillard teve 14 e Bam Adebayo 11.

Angola, 11 vezes campeã africana, não fará parte dos Jogos Olímpicos. Falhou o apuramento por via do Torneio Pré-olímpico.

 





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