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Participação de Angola positiva com dois recordes nacionais-Seleccionador

     Desporto              
  • Luanda • Sábado, 07 Setembro de 2024 | 09h50
Técnico da selecção de atletismo adaptada, José Manuel
Técnico da selecção de atletismo adaptada, José Manuel
Pedro Parente-ANGOP

Luanda – A participação de Angola nos 17º Jogos Paralímpicos, que terminam domingo em Paris (França), é positiva, traduzida em dois recordes nacionais, afirmou este sábado à ANGOP, em Paris, o seleccionador nacional, José Manuel.

O duplo feito coube à velocista Juliana Moko, deficiente visual total, classe T11, que “bateu” recordes nos 100 e 200 metros que pertenciam, também, a uma única atleta, Esperança Gicaso, já retirada das pistas.

Nos 100m cronometrou o tempo de 12.51, o anterior recorde nacional era de 12.61, batido por Gicaso nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

Nos 200m obteve a marca de 26.28, contra 26.67 da compatriota, estabelecido também no Rio de Janeiro2016.

José Manuel afirmou, em declarações de balanço à ANGOP, que o objectivo no evento era a superação das marcas pessoais, num período em que a meta é o pódio na edição de 2028 em Los Angeles (EUA).

Referiu que a atleta da província de Benguela acabou cumprindo com a meta inicial e ainda se tornou recordista nacional nas duas distâncias.

De acordo com o também coordenador técnico do Comité Paralímpico Angolano, a sua satisfação é dupla pelo facto de a desportista ter, também, igualado as marcas da sua participação de estreia na edição de Tóquio, em 2012.

Na altura, segundo a fonte da ANGOP, Moko obteve igualmente a sexta posição nos 400 e 100 metros, tal como ocorreu no presente evento (Paris2024).

“Estamos a dois ciclos a trabalhar com a Juliana Moko e a perspectiva é que no terceiro comecemos a lutar para o pódio”, reiterou.

Indicou que nos próximos jogos (2028) Juliana terá 28 anos e com experiência suficiente, esperando-se que com capacidade desportiva suficiente para medalhar.

Sobre o outro representante nacional, Sabino Bembua, deficiente motor (classe T47), que ficou na sétima posição nos 400m, com o tempo de 53.30, considera igualmente positiva a sua participação.

Argumentou que o velocista superou a sua marca pessoal nesta sua estreia em Jogos Paralímpicos e superou o recorde nacional até então pertença de Silvestre Ngula de 54.67, estabelecido em 2013 no meeting internacional, disputado em São Paulo (Brasil). 

Quanto ao futuro, afirmou que a inauguração, em 2025, do Centro de Treinamento e Alto Rendimento, em construção na província do Bengo, abrirá uma nova era no desporto adaptado em Angola.

Com uma infra-estrutura específica e com todo o material tecnológico afim, além da necessária pista de atletismo, o treinador diz ter a certeza de que tudo será diferente na parspectiva da programação dos microciclos, resultando daí atletas de melhor qualidade.

O treinador defende a concentração em Luanda de um núcleo de atletas, em ambos os sexos, num plano que visa o acompanhamento académico e desportivo regular, ao contrário do que ocorre hoje.

“É difícil manter os níveis dos atletas seleccionáveis que vivem fora de Luanda, primeiro pelas condições piores de treinamento e segundo porque não se consegue controlar até que ponto os técnicos locais cumprem com os programas de treinos distribuídos pela Comissão Técnica Nacional”, explicou. MC/ADR





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