Brazzaville (Do enviado especial) - O Presidente da República do Congo, Denis Sassou Nguesso, afirmou, esta sexta-feira, em Brazzaville, que as vagas de calor, a seca e as enchentes representam um perigo para a humanidade, razão pela qual a Conferência Internacional sobre Florestamento e Reflorestamento representa um processo de busca de respostas e salvação do ambiente.
Ao intervir na abertura da Cimeira de Chefes de Estados e de Governo para analisar os documentos dos peritos e ministros reunidos sobre a florestação, o estadista congolês apelou à conjugação de esforços dos Estados e das comunidades locais em prol da defesa do meio ambiente.
Lembrou que no seu país, em 11 de Setembro de 1984, instituiu-se a Jornada Nacional de Árvores, fazendo com que anualmente, a seis de Novembro, cada cidadão tenha a responsabilidade de plantar uma árvore, prática que considerou sustentável e patriótica.
Neste sentido, referiu que a Declaração de Brazzaville, a ser aprovada hoje pelos Chefes de Estados e de Governo, visa a apropriação da iniciativa da conferência sobre florestamento e Reflorestamento e recomendar as Nações Unidas para se criar uma instituição mundial dedicada à protecção das florestas.
"Devemos aumentar a superfície florestal no continente e tratar das questões fundiárias, tendo também em atenção os direitos das comunidades locais e os desafios socioeconómicos para a sobrevivência humana", asseverou.
Advogou ainda a necessidade de se trabalhar arduamente para se encontrar financiamentos para melhor preservação e gestão das florestas.
A 1ª Conferência Internacional sobre Florestamento e Reflorestamento, que decorre de 2 a 5 de Julho, é uma iniciativa africana que visa definir estratégias e políticas para promover a recuperação de florestas degradadas, a preservação da biodiversidade e a mitigação das mudanças climáticas.
Participam no evento especialistas e ambientalistas em representação de vários países que abordaram temas como técnicas de plantio, financiamento de projectos de reflorestamento e envolvimento das comunidades locais na preservação ambiental.
A delegação angolana ao evento é chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António.AC/MCN