Luanda - A secretária de Estado do Ambiente, Paula Fancisco Coelho, reafirmou, segunda-feira, a aposta no diálogo e sensibilização da comunidade na busca de soluções sobre questões ligadas à caça e a invasão de terras no Parque Nacional da Kissama.
Falando à imprensa, no final de um encontro de auscultação com a comunicade, polícia, sobas e responsáveis do Parque Nacional da Kissama, ressaltou que os caçadores justificam à caça ilegal como saída para o combate ao desemprego, a fome e a pobreza na região.
Segundo Paula Coelho, estão previstas várias acções de aproximação às comunidades próximas do parque, por ser necessário manter um diálogo permanente com a população.
Por sua vez, o delegado do ministério do Interior e comandante da Polícia no município da Kissama, Conceição Francisco, disse que o encontro serviu para se esclarecer algumas questões tendentes a manter a segurança do parque e das comunidades, evitando acções como a caça ilegal e a invasão do espaço reservado ao santuário do parque.
Explicou que os caçadores ilegais, quando apanhados, são entregues às autoridades, para o devido tratamento, uma vez ser crime tal pratica.
Ao longo do corrente ano foram detidos 12 caçadores ilegais.
Localizado a 75 quilómetros a sul de Luanda, o Parque Nacional da Kissama tem uma área total de nove mil e 600 quilómetros quadrados, limitando a norte com o rio Kwanza, desde a sua foz até à Muxima, a sul com o rio Longa, entre a foz e a estrada de Mumbondo a Capolo, a oeste com a linha da costa, entre a foz dos rios Kwanza e Longa, e a leste com a estrada que vai da Muxima, Demba Chio, Mumbondo e Capolo até ao rio Longa.
O Parque Nacional do Kissama foi estabelecido como reserva de caça em 1937 e transformado em parque nacional em 1957.
No local podem ser encontrados elefantes, girafas, bambis, cabras de leque, tartarugas, gnus, zebras, entre outros animais.
Conta com um estabelecimento para visitantes, uma pousada e vários bungalows.