Kampala - O Uganda registou a primeira morte por Ébola na capital Kampala, desde o início da epidemia declarada no país em 20 de Setembro, anunciaram as autoridades sanitárias ugandesas, citadas esta a quarta-feira pela comunicação social local.
Um homem infectado com o vírus viajou do distrito de Mubende, no centro do país, onde foi registada a origem do surto e onde tinha sido diagnosticado, fugiu para a capital, onde veio a morrer, anunciaram as autoridades sanitárias ugandesas.
O homem estava identificado como tendo sido contagiado, mas fugiu para receber tratamento de um curandeiro tradicional. Ao perceber que o tratamento não funcionava, pediu para ser levado para o Hospital Kiruddu, em Kampala, de acordo com a ministra da Saúde do Uganda, Jane Ruth Aceng, em declarações à comunicação social do país na terça-feira.
Ainda de acordo com a governante, o homem escapou de Mubende há cerca de uma semana para um bairro na área metropolitana da capital, e morreu na passada sexta-feira, um dia depois de ter sido admitido no hospital.
Aceng referiu que as equipas médicas que trataram o homem estavam atentas ao perigo de contágio e que se protegeram, porque o paciente chegou ao hospital gravemente doente.
Quarenta e duas pessoas com quem o homem pode ter estado em contacto foram identificadas e estão a ser seguidas.
De acordo com a ministra, não existem actualmente outros casos confirmados de Ébola em Kampala, mas a cidade e os distritos circundantes são considerados de alto risco.
O corpo do homem, que se tinha identificado com um nome falso para evitar ser preso, foi reconhecido pelos líderes da comunidade de Mubende, onde foi enterrado.
De acordo com os últimos números oficiais, o surto de Ébola no Uganda acumula agora um total de 54 casos confirmados, incluindo 19 mortes, bem como 20 mortes prováveis de pessoas que morreram antes da introdução dos testes que o confirmaram.