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Centro Geodésico longe de atingir potencial turístico

     Turismo              
  • Bié • Terça, 19 Abril de 2022 | 16h55
Centro geodésico de Angola
Centro geodésico de Angola
Jilmar Enoque Chitondua - Angop

Camacupa - O Centro Geodésico de Angola, situado no município de Camacupa, a 82 quilómetros a Leste da cidade do Cuito, província do Bié, está longe de atingir o seu potencial turístico, devido à falta de mais investimentos e aos constantes actos de vandalismo de que tem sido alvo.

Também conhecido como “Coração de Angola”, o Centro Geodésico foi descoberto pelos primeiros aviadores que passaram por esta região. Foi homologado pelos serviços de cadastros em 1948, sob tutela da Igreja Católica, que permitiu chegar a conclusão de que de Norte a Sul e do Leste a Oeste a distância é a mesma.

 

A volta dele encontra-se cravada quatro palavras-chave, a representar a localização de cada um dos pontos cardeais, nomeadamente Deus (a Leste), a Pátria (a Norte), a Igreja (a Oeste) e Grei - em latim significa terra (a Sul).

 

Em 1969, os religiosos católicos colocaram no local uma estátua de mármore do Cristo Rei, da autoria do escultor português G.F.Thedim Matosinhos. Porém, em consequência do conflito armado que o país viveu, o marco zero ficou totalmente destruído, assim como a sede de Camacupa, que, apesar do investimento do Executivo em vários domínios, ainda se verifica escombros e ruínas no local.

 

Antes de 2012, o centro esteve totalmente irreconhecível, situação que desanimava não só os moradores do Bié como também turistas que visitavam a área.

 

Em 2014, o lugar ganhou um novo rosto, devido aos trabalhos de reabilitação e ampliação, para o orgulho dos populares. Foi restabelecida a estátua do Cristo Rei, área administrativa, casas de banho, colocação de jardins, calçadão, bancos, entre outros.

 

Contudo, nos últimos anos, o centro voltou a ser vandalizado, entristecendo os citadinos e inibindo visitas ao local.

 

Foram destruídas a área administrativa, os lavabos, casas de banho, o portão principal, entre outros compartimentos.

 

Visivelmente “abandonado” e coberto de capim, o marco zero entrou há muitos anos na rota dos monumentos e sítios históricos da província do Bié, mas longe de ser um potencial ponto de arrecadação de receitas.

 

O morador Arnaldo Quinta defendeu a necessidade do Governo prestar maior atenção ao centro, de forma a torná-lo na maior referência da província em termos de arrecadação de receitas, referindo que o turismo na comunidade está “adormecido”.

 

Outro constrangimento tem a ver com as dificuldades de acesso ao local, situado antes do aeródromo de Camacupa.

 

Além de ser terra batida, encontra-se esburacado. Entretanto, o administrador municipal, José Lopinho, em declarações à ANGOP, condenou a atitude dos cidadãos que têm destruído os bens públicos, especialmente o Centro Geodésico.

 

Salientou que a Administração Local do Estado tem promovido campanhas de moralização e sensibilização junto das comunidades, sobretudo nas famílias, no sentido de se reverter esta situação o mais rápido possível.

 

Nova reabilitação à vista

 

O Governo da Província do Bié tenciona reabilitar, em breve, o Centro Geodésico, para permitir que seja uma fonte de arrecadação de receitas na região, estimulando assim o sector do turismo.

 

José Lopinho afirmou que as autoridades governamentais pretendem recuperar o marco zero com a colocação de quiosques, lojas, bem como restaurantes com gastronomia local e vestuário com simbolismo da comunidade.

 

Por outro lado, o responsável apelou ao empresariado nacional e estrangeiro a apostar seriamente na área do turismo do município, de modo a atrair mais turistas.

 

Camacupa possui também áreas turísticas como a Barragem Hidroeléctrica sobre o rio Cunje, que está a ser reabilitada com fundos do Programa Integrado de Intervenção nos municípios (PIIM), a ponte sobre o rio Cuanza, a confluência dos rios Cuanza e Cuquema, assim como as quedas do Cuanza-Chombo e Cuime.

 

Conta ainda com outros patrimónios histórico-culturais que carecem de maior investimento, nomeadamente a nascente sobre o rio Camacupa, os monumentos Militar, Funerários-Chingui, Rissosse, Chitângua, Chimboco, Cayangula, Cateia, Camato, Vimbandi, entre outros.

 

Camacupa, que ocupa uma área de 10.062 quilómetros quadrados, tem uma população estimada em 154 mil e 928 habitantes, na sua maioria camponesa. Tem as comunas do Umpulo, Ringoma, Cuanza e Muinha.

 

A região apresenta um relevo planáltico, favorecendo o cultivo de todo o tipo de culturas, entre cereais, hortícolas e tubérculos.



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