Huambo – Um grupo de 200 moto-taxistas, conhecidos como “kupapatas” recebeu hoje no Huambo, coletes com chapas de identificação, numa iniciativa das autoridades locais, que visa organizar esta actividade no casco urbano, soube a ANGOP.
Trata-se de um gesto que se enquadrada no Programa de Ordenamento do Trânsito, visando organizar a referida actividade no município do Huambo, para facilitar a identificação de todos os moto-taxistas cadastrados pela AMOTRANG e licenciados pelo gabinete dos Transportes, Tráfego e Mobilidade Urbana.
Na ocasião, o administrador do município do Huambo, Azevedo Manuel Cambiabia, disse que o acto marca o início da campanha de sensibilização dos “Kupapatas” que exercem actividade de transporte de passageiro e, ao mesmo tempo, a facilitar a sua identificação.
Disse que, para além destes meios, a administração, em colaboração com escolas de condução, vão levar, também, a cabo uma campanha de aulas de condução aos moto-taxistas.
Azevedo Cambiabia destacou que a acção formativa servirá para levar os condutores de motociclos à mudança de comportamentos e a diminuição da sinistralidade rodoviária.
Por seu turno, o chefe do departamento de Trânsito e Segurança Rodoviária na província do Huambo, superintendente-chefe Simões Fernandes Coelho, deu a conhecer que a iniciativa se enquadra na sequência de um trabalho previsto pelo Decreto Presidência n°123/22, que legaliza a actividade de moto-táxi.
Disse que com a catalogação dos moto-taxistas, inicialmente, no município do Huambo, se pretende identificar quem realmente exerce a actividade de moto-táxi e facilitar a Polícia Nacional na identificação dos infractores do Código de Estrada.
O oficial superior da Polícia nacional lembrou que de Janeiro à presente data, o foram registados 392 acidentes de viação, destes 277 tiveram o envolvimento directo de motociclos.
Chicala-Cholohanga
Paralelamente, a Polícia Nacional no município da Chicala-Cholohanga apelou para maior organização da actividade de moto-táxi, de modos a facilitar o combate aos assaltos organizados na circunscrição.
O comandante da cooperação naquela municipalidade, superintendente-chefe Joaquim Gabriel da Cruz, disse que tem sido notificada sobre crimes de homicídio e assaltos contra os vulgos “Kupapatas”, atraídos por cidadãos aparentemente humildes à primeira vista.
Disse que uma das vantagens da criação de associações é a possibilidade de resolverem os problemas em conjunto e em tempo integral, com o objectivo de reduzir o índice de assaltos organizados que os moto-taxistas têm sofrido, nos últimos tempos.
Referiu que os malfeitores conseguem ficar foragidos, pelo facto de a informação chegar tardiamente à Polícia Nacional, por serem crimes que muitas das vezes acontecem em zonas distantes.
O regime jurídico da actividade de moto-táxi no país é regido pelo diploma 123/22 de 30 de Maio, sendo aplicável ao exercício da actividade de transporte remunerado individual ou colectivo de passageiros e de mercadorias em veículos ciclomotor, motociclo, triciclo e quadriciclo. JSV/ALH