Menongue - O responsável da fiscalização do Cemitério Municipal de Menongue, província do Cuando Cubango, Domingos Cassessa, manifestou-se, neste sábado, preocupado com actos de vandalização de túmulos que têm gerado prejuízo a muitas famílias.
Em declarações à imprensa, por ocasião do 2 de Novembro, Dia dos Finados, Domingos Cassessa disse que a situação de vandalização dos túmulos piorou nos últimos três anos, pelo número reduzido de efectivos do local.
O responsável afirmou que, durante o ano em curso, 50 campas foram vandalizadas e o custo dos reparos fica a cargo da família proprietária do túmulo violado, uma vez que o cemitério não cobra taxa de manutenção.
Descreveu como objectos mais roubados as cruzes de ferro, vasos de flores, mármore, destruição de campas, retirada de telhas e caixões das covas e jazigos.
Domingos Cassessa, que denunciou a comercialização da maior parte do material nos mercados informais, apontou como um das principais dificuldades o défice de efectivos para guarnição do cemitério, actualmente com 16, faltando 150 para maior fiscalização, sobretudo no período nocturno.
Do ponto de vista de conservação, o responsável exigiu a limpeza constante dos túmulos por parte dos familiares, de maneira a se evitar a degradação das campas.
Presente no cemitério, o cidadão Aldino Cativa disse que a data serve como momento de reflexão, para se recordar e homenagear todos que já pereceram e que muitos contribuíram para a educação de muitas famílias e não só.
Considerou imperioso a realização de acções para difundir a informação ou moralização da sociedade de que o cemitério é um local de paz e descanso, para a redução de vandalização dos túmulos que tem se verificado nos últimos tempos.
Já a cidadã Elizabeth Boaventura repudiou o fenómeno de vandalização, uma vez que o cemitério deveria servir como um local de respeito e de boas recordações por aqueles que partiram para eternidade. LMZ/ALK/FF/PLB