Luanda - Os membros da sociedade civil defenderam, nesta quarta-feira, em Luanda, a necessidade dos profissionais da comunicação social pautarem por uma informação de qualidade, como meio de combater a desinformação propagada nas redes sociais.
Organizado pelo Instituto para a Cidadania Mosaiko, a mesa redonda sobre “Jornalismo e a Cidadania” juntou o secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), Teixeira Cândido, o académico Rogério Buco e o activista Luaty Beirão.
Os participantes destacaram o papel dos jornalistas, no que toca ao dever de informar com responsabilidade, para esclarecer o cidadão.
Durante a sua explanação, o secretário-geral do SJA apelou aos participantes a adoptarem esta formação, embora seja uma profissão arriscada em qualquer parte do mundo, dependendo das garantias de segurança de cada Estado.
Teixeira Cândido referiu ainda que ausência destas garantias e protecção da liberdade de imprensa, impede com que muitos jovens abracem esta profissão.
Por sua vez, o académico Rogério Buco referiu ser necessário que os profissionais da comunicação social garantam uma informação com qualidade, sendo importante a utilização de recursos técnicos na busca da verdade dos factos, evitando assim as Fake News.
Já o activista Luaty Beirão considerou a profissão construtiva e igualmente destrutiva, sendo nobre e perigosa, em função das garantias de segurança.
“Muitas vezes, a informação é passada, sem a devida apuração ou sem respeitar critérios noticiosos que norteiam a boa prática da profissão, como o cruzamento da informação”, sublinhou.
Fundado em 1997, pelos Missionários Dominicanos, o MOSAIKO é um Instituto angolano, sem fins lucrativos, que se dedica a promoção dos Direitos Humanos em Angola.
Tem como objectivo o respeito pela dignidade humana e o desenvolvimento da sociedade angolana, a partir do contributo de todos e de cada um.
Participaram na mesa redonda, estudantes de comunicação social e representantes de organizações não governamentais. ANM/OHA