Menongue – O coordenador adjunto do Programa Nacional de Saúde Mental e Abuso de Substâncias, Januário Tomas da Conceição Máximo, apontou hoje a falta de perspectivas económicas e a violência social como as principais causas das perturbações mentais e suicídios.
Ao falar à ANGOP, esta terça-feira, sobre dois últimos caso de suicídio, ocorridos nos bairros periféricos da cidade de Menongue, explicou que a província do Cuando Cubango registou de Janeiro à presente data 14 casos de suicídios consumados, em cidadãos com idades compreendidas, entre 14 e 75 anos, de um total de 32 tentativas.
O psicólogo manifestou a sua preocupação pelo facto de haver um aumento de casos de suicídios na província, para ter uma ideia, nos últimos dois anos houve o registo de 45 tentativas e 28 pessoas tiraram a própria vida, como causas de questões psicopatológicas, ligadas à existência de níveis altos de depressões.
O também professor universitário do Instituto Superior Privado de Menongue (ISPPM) apontou, igualmente, como principais causas a violência doméstica, o desemprego, questões passionais, problemas laborais, na escola, bem como genéticos de antecedentes familiares, entre outros factores.
Em função do meio ambiente, condições sociais e distúrbios psicológicos, o psicólogo clínico aconselha as famílias a terem uma maior atenção com estes detalhes, na perspectiva da prevenção desses casos.
Disse ainda que as medidas de prevenção podem ser realizadas por amigos, vizinhos, familiares ou colegas como: esconder armas, facas, cordas, medicamentos, realizar vigilância 24 horas, procurar atendimento nos serviços de saúde e as medicações devem estar em responsabilidade dos familiares.
Por outra, a prevenção parte na obtenção de informação sobre a questão como, também, primar por estabelecer um bom vínculo familiar, com as instituições (igreja, escola, clubes), a prática de exercícios físicos, ter tempo para lazer, desfrutar da natureza e ter o hábito de ao menos uma consulta semestral com um especialista de saúde mental.