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Projecto "Amo Angola e Oro por Ela" leva donativo a famílias carentes no Lobito

     Sociedade              
  • Benguela • Sábado, 29 Junho de 2024 | 22h30
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Pastor Laurindo Wasuka, com jovens da comunidade dos 300 casebres no Lobito
Pastor Laurindo Wasuka, com jovens da comunidade dos 300 casebres no Lobito
José Honório - ANGOP
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Comunidade dos 300 casebres no bairro do Compão, no Lobito
Comunidade dos 300 casebres no bairro do Compão, no Lobito
José Honorio - ANGOP
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Projecto "AMO ANGOLA E ORO POR ELA
Projecto "AMO ANGOLA E ORO POR ELA
José Honório-ANGOP

Benguela – A comunidade carente dos 300 casebres, conhecida zona que reúne há anos famílias vulneráveis, na cidade do Lobito, beneficiou, este sábado, de cestas básicas, numa iniciativa do projecto "Amo Angola e Oro por Ela".

Fundado em Agosto de 2023, no Lobito, província de Benguela, onde está sediado, trata-se de um projecto interdenominacional, sócio-missionário e sem fins lucrativos.

Ele visa promover actividades de oração pela nação, evangelismo e doações de bens alimentares às famílias carentes, lar de idosos, centros de acolhimento de crianças e hospitais.

Comovidos com as dificuldades da comunidade dos 300 casebres, os membros do projecto, oriundos de diferentes denominações cristãs, levaram cestas básicas, compostas por arroz, massa alimentar, óleo vegetal, açúcar, fuba de milho, sabão e detergente às 22 famílias e demais cidadãos vulneráveis que residem naquela área do bairro do Compão, na cidade do Lobito. 

A doação, fruto da contribuição dos membros do projecto e voluntários, também incluiu roupa usada, sobretudo agasalhos. 

Falando à ANGOP, o pastor e mentor do projecto, Laurindo Wasuka, mostra-se satisfeito por mais uma actividade solidária realizada, graças à ajuda de muitas pessoas.

"Nós amamos muito a comunidade dos 300 casebres, como outras", referiu, lembrando que esta foi a segunda doação a favor dessa comunidade, desde Dezembro de 2023. 

Segundo o pastor, o projecto é novo e o caminho ainda é longo, daí a necessidade do envolvimento de mais pessoas, de maneira a mitigar as dificuldades por que passam outras comunidades desfavorecidas.

Laurindo Wasuka defendeu que esse projecto é de âmbito nacional e não representa nenhuma igreja, sendo desenvolvido unicamente por amor a Jesus Cristo e ao próximo, conforme as Sagradas Escrituras. 

Daí ter frisado que o amor não tem religião nem fronteiras, garantindo ainda que, desta vez, cada membro do projecto apadrinhou uma criança da comunidade dos 300 casebres.

A ideia, explicou, é de ajudar o crescimento dessas crianças, auxiliando-as em colaboração com os pais no acesso ao registo civil e, por consequência, à escola, sempre que houver dificuldades nesse aspecto.

Com a lista nominal das famílias carentes em mão, Lourença Ngombo, membro do projecto, confessa que o sentimento é do dever cumprido, uma vez que foi possível devolver o sorriso aos mais necessitados.

Sem esconder a emoção, Lourença Ngombo encorajou as famílias a não perderem a esperança em dias melhores, já que, como salientou, "nada é impossível aos que crêem e esperam em Deus ".

Relativamente aos jovens daquela comunidade, a também jurista apelou que primem por uma conduta salutar, evitando comportamentos desviantes e conflitos com a lei.

Com uma bebê ao colo, a jovem Maria Muhepe diz que a comunidade dos 300 foi a única alternativa que teve, depois de despejada da casa onde vivia, por atraso no pagamento do arrendamento.

A jovem, mãe de primeira viagem, conta que tem sobrevivido de biscates, mas reclama da falta de condições no local, como roupas de frio, sobretudo nesta época do ano. 

Local sem condições adequadas de habitabilidade, devido às dezenas de barracas de chapas e panos, a comunidade dos 300 casebres é refúgio de muitas pessoas desamparadas que precisam de ajuda da sociedade, estando, algumas delas, mergulhadas na prostituição, alcoolismo, tabagismo e criminalidade. JH/CRB 

 

 





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