Lobito - O projecto de saneamento inclusivo para as cidades costeiras na província de Benguela foi lançado esta quinta-feira, nesta urbe, com objectivo de contribuir para a melhoria das condições de vida das comunidades, soube a ANGOP.
De acordo com a directora Nacional de Águas e Saneamento, Elsa Ramos, o projecto vai abranger as cidades do Lobito, Catumbela, Benguela e Baía Farta.
A responsável informou que o mesmo está orçado em 150 milhões de dólares, financiados pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), em conjunto com o Africa Growing Togheter Fund e o Governo angolano.
Elsa Ramos informou que o projecto será implementado entre 2024 e 2028, acrescentando que já existem todos os desenhos, faltando apenas a fase dos concursos para encontrar a empreiteira para a construção das infra-estruturas.
Segundo ela, a sua abrangência está prevista para um milhão e meio de pessoas.
"Para o efeito, serão construídas duas estações de tratamento de águas residuais, com uma abrangência de 33 mil metros cúbicos/dia, outras duas de Tratamento de Lamas fecais, com doze mil e 600m3/dia, 65 quilómetros de rede de colectores, onze estações elevatórias e treze Estações de transferência de lamas fecais", disse.
Ainda sobre as infra-estruturas, acrescentou que estão previstas 16 mil e 750 ligações domiciliares de saneamento, a reabilitação ou apoio à construção de 17 mil latrinas, 306 instalações sanitárias para escolas, unidades de saúde, mercados e ainda três casas de banho públicas específicas para a Baía Farta.
"As soluções que pretendemos serão robustas e de fácil manutenção", assegurou.
Em termos de oportunidades, o projecto prevê a criação de cerca de 160 empregos permanentes e 400 temporários.
O mesmo, segundo Elsa Ramos, contempla também um programa específico para a integração de jovens profissionais, para captar quadros nacionais em diferentes áreas afectas ao saneamento.
"A par das obras de construção, serão feitas actividades de mobilização social, junto às comunidades, por forma a assegurar o envolvimento delas na fase de construção, mantendo-as permanentemente informadas, assim como sensibilizando-as para a melhoria dos hábitos de higiene", esclareceu a directora.
Os estudos do projecto de saneamento inclusivo tiveram início em Janeiro de 2019. Essa iniciativa faz parte dos esforços do Governo de Angola para melhorar a prestação de serviços de água e saneamento sustentáveis e resistentes ao clima no país, em conformidade com a visão 2050. TC/CRB