Camanongue - Trinta e três mil famílias da província do Moxico em estado de vulnerabilidade já beneficiaram mil milhões de Kwanzas, nos últimos três anos, no quadro do programa de Transferências Sociais Monetárias denominado "Kwenda", implementado pelo governo.
A informação é do director provincial do Instituto de Desenvolvimento Local no Moxico, Simão Baíta Paiata, por ocasião do pagamento da terceira e quarta prestação do referido projecto social à população do município de Camanongue.
Conforme o responsável, desde 2021 até a presente data, o programa beneficiou 11 mil 147 famílias vulneráveis do município de Camanongue, Luau (17.764) e Luchazes com quatro mil 480 agregados familiares.
No município do Luau, disse, a primeira região da província a beneficiar do programa, as famílias já receberam a primeira, segunda e terceira prestação, enquanto em Luchazes, a região mais carente do Moxico, estão na quarta fase.
Os municípios do Alto-Zambeze, Luacano e Cameia, prosseguiu aguardam os primeiros pagamentos do Kwenda, ainda no decorrer deste este ano.
Simão Baita Paiata assegurou que, com base a fiscalização realizadas e relatórios dos Agentes de Desenvolvimento Comunitário e Sanitário (ADECOS), das administrações municipais e autoridades tradicionais há mudanças no modo de vidas das famílias abrangidas pelo programa, com a aquisição de diversos meios.
Entre os bens, destacou a aquisição de animais para procriação e comercialização, aposta na agricultura, bem como na aquisição de outros mantimentos necessário no quotidiano.
Adelaide Tchikweto e Adelino Tchipuleto, ambos beneficiários do programa, mostraram-se satisfeitos pois perspectivam apostar no aumento da produção agrícola e criação de animais.
Por seu turno, o administrador adjunto do município de Camanongue, Bernardo Chissola, augura que as famílias continuem a aplicar o valor do Kwenda em actividade de empreendedorismo.
O objectivo principal do Kwenda é apoiar as famílias em situação de vulnerabilidade e a sua inclusão em actividades geradoras de rendimento.
Cada agregado recebe um valor trimestral de 66 mil Kwanzas, num período de dois anos.
De iniciativa do Executivo angolano, é um projecto criado em 2020 que possui quatro componentes que são as Transferências Sociais Monetárias (TSM), Inclusão Produtiva, Municipalização da Acção Social e o Cadastro Social Único.
Está avaliado em 420 milhões USD, é financiado em 320 milhões USD pelo Banco Mundial (BM), sendo os outros 100 milhões USD, provenientes do Tesouro Nacional.
É operacionalizado pelo Instituto de Desenvolvimento Local (ex - Fundo de Apoio Social - FAS), que em coordenação com outros programas de combate à pobreza, contribui para a promoção do desenvolvimento sustentável das comunidades. LTY/TC/YD