Cuito – Vinte e quatro Agentes de Desenvolvimento Comunitário e Sanitário (Adecos), das regiões centro e sul do país, participam desde hoje, no Cuito, província do Bié, de uma acção de formação de repórteres comunitários, para melhorar a comunicação institucional desta organização.
A figura do repórter comunitário foi criada em Agosto do ano passado com objectivo de reportar todas as acções do FAS dentro das comunidades.
Trata-se dos adecos, vindos das províncias do Bié, Huambo, Benguela, Huíla, Cuanza Sul, Cunene, Namibe e Cuando Cubango, que durante quatro dias vão aprender técnicas ligadas à produção de notícias, edição de imagens e vídeos, ética e deontologia profissional entre outros.
O chefe de departamento de comunicação Institucional do FAS, Félix Abias, disse que formações de género também estão a ser desenvolvidas nas regiões norte e leste do país, abrangendo outras 10 províncias.
A ideia, de acordo com Félix Abias, é ter um grupo de repórteres afectos a instituição que possam captar e partilhar as histórias de sucesso das populações resultantes das acções e programas do FAS.
O FAS é uma agência governamental de combate à pobreza, com autonomia administrativa e financeira, e em coordenação com outras instituições contribui para o desenvolvimento das comunidades, como o Kwenda, a inclusão produtiva, a municipalização da Acção Social entre outros.
De acordo com o director do FAS no Bié, Rizoni Costa Chivembe, pretende-se, com isso, dar maior visibilidade também às componentes da inclusão produtiva, que no Andulo, por exemplo, está a superar as expectativas da instituição.
Inicialmente, estava traçado para atingir uma meta de duas mil e 320 famílias, estando agora a assistir directamente perto de 20 mil beneficiários.
Esta componente está a ajudar os beneficiários do Kwenda a melhorar a sua condição social e económica, por estarem a investir na multiplicação de sementes, em unidade de transformação de grãos, caixas comunitárias e criação de animais de pequeno porte.
Fruto disto, Rizoni Chivembe disse que o exemplo será replicado nos municípios de Camacupa, Cuembo, Chitembo, Nahrêa e Cunhinga.
Outra componente é a municipalização da Acção Social, criada para acolher pessoas desfavorecidas ou que vivem em situação de vulnerabilidade. Até ao momento, no Bié, apenas o do Andulo funciona.
A ideia é activar mais quatro municípios ainda este ano, nomeadamente Camacupa, Nhârea, Cuemba e Cunhinga, onde serão realizados diagnósticos sobre o público-alvo, para uma intervenção directa em matérias de acção social.
Formandos valorizam formação
Martinho Nguelengue, da província de Benguela, disse que depois da formação pretende trabalhar com mais qualidade e rigor.
Já Rosalina António, vinda do município do Mungo, Huambo, disse que, desde que participou da primeira formação, na Huíla, passou a entender os critérios das notícias bem como o seu valor.
No final da formação, pretende trabalhar com mais cuidado todas as informações sensíveis que acontecem nas aldeias e Ombalas.
Já a jovem Domingas Adriano, da província do Bié, prometeu trazer ao conhecimento quer para a sua instituição quer para a população a realidade que se vive nas comunidades de forma mais profunda.
Este é o terceiro ciclo de formação que este grupo participa. O primeiro decorreu em Julho de 2023 na Huíla e o segundo, em Abril desde ano, na província do Cuanza Sul. LB/PLB