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EPASB desactiva 18 ligações anárquicas à rede de distribuição

     Sociedade              
  • Benguela • Sábado, 22 Julho de 2023 | 15h05
Desactivação de ligação clandestina de água
Desactivação de ligação clandestina de água
Inácio Vica

Benguela – Dezoito ligações anárquicas na conduta principal de distribuição de água aos bairros da Taka, Vimbalambi e Graça, no município de Benguela, foram desactivadas, nos últimos dias, apurou hoje a ANGOP.

Em causa estão ligações clandestinas que desviavam água a partir da conduta principal, para irrigar terrenos com culturas agrícolas, principalmente nos bairros da Taka e Vimbalambi, na zona F, arredores da cidade de Benguela.

É neste quadro que o porta-voz da Empresa Provincial de Águas e Saneamento de Benguela (EPASB), Lulas de Almeida, promete o reforço da fiscalização para combater o garimpo de água, que dificulta o fornecimento e provoca perdas financeiras à instituição.

A título de exemplo, só no bairro da Taka, foram desactivados seis desvios à conduta que abasteciam hortas de cidadãos que, tendo solicitado ligação para residências, acabaram por fazer um T de derivação para os campos agrícolas. 

Com o encerramento desses pontos, o responsável da comunicação da Empresa de Águas em Benguela explicou que a pressão da água nesses bairros já teve melhoria e garante que o árduo trabalho de vistoria à conduta vai continuar com a equipa operacional e comercial.

A ideia, disse, é aferir até que ponto a desactivação destas ligações anárquicas de água se vai reflectir em termos de benefícios para os clientes nos bairros da Graça, Taka e Vimbalambi. 

Não obstante a sensibilização dos cidadãos para demovê-los do garimpo de água, Lulas de Almeida também admite a possibilidade de multas para os infractores, por um lado, e a responsabilização criminal, por outro. 

Embora se tenha escusado a revelar quanto a empresa terá sido lesada financeiramente, a fonte lembra que nestes três bairros há cerca de seis mil clientes, que, recebendo água de forma regular, podem pagar até seis mil kwanzas, cada, por estimativa. 

Só que, ressaltou, hoje, por exemplo, há clientes que, por não terem água de forma regular e por conta das reclamações, pagam em média dois mil kwanzas/mês, e o défice é de quatro mil kwanzas à empresa.  

De igual modo, aventou a possibilidade do envolvimento de funcionários da empresa nestas ligações clandestinas para as hortas, uma situação que, como referiu, continuava sob investigação. 

Caso se confirmem essas suspeições, Lulas de Almeida afirmou que a EPASB tomará medidas disciplinares cabíveis. 

Populares reclamam da falta de água

Os populares dos bairros da Graça, Vimbalambi e Taka mostram-se agastados com a pouca pressão da água durante o dia, o que leva muitas famílias a construírem tanques subterrâneos para armazenar água.

Helena Mita reclama de que a água deixou de jorrar em sua casa e na dos vizinhos há um ano e quatro meses e isso obriga as senhoras a buscar o precioso líquido distante.

“Acordamos às quatro e às cinco horas, para conseguir água. É muito sofrimento. Queremos água em nossas casas”, contou.

Domingas Chilengo, outra moradora, adianta que há mais de dois anos que o bairro do Vimbalambi vive problemas críticos no abastecimento de água às residências, criando transtornos à vida das famílias. JH/CRB





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