Dundo – A dívida acumulada pelos clientes da Empresa Pública de Águas e Saneamento (EPAS) na província da Lunda-Norte, avaliado em mais de 800 milhões de kwanzas, tem causado transtornos na manutenção dos equipamentos e pagamento dos salários dos colaboradores.
O facto foi revelado esta segunda-feira, no Dundo, pelo presidente do Conselho de Administração da EPAS na Lunda-Norte, André Camilo, quando falava à imprensa sobre constantes cortes no fornecimento de água, sublinhando que as dívidas também afectam no cumprimento das obrigações fiscais junto da Administração Geral Tributária (AGT), por parte da instituição.
A par das dívidas, prosseguiu, há também o registo constante da vandalização do património da empresa, principalmente na Centralidade do Distrito Urbano do Mussungue, “onde quase todos dias um número incalculável de contadores e torneiras de rega são destruídos pelos consumidores, cujas contas não estão regularizadas”.
Para inverter o quadro, disse que a instituição está a desenvolver acções de sensibilização para a recuperação da dívida, onde os clientes podem pagar em prestações, visando garantir a sustentabilidade do serviço prestado.
Alertou que o “cliente que insistir em não pagar, a empresa vai efectuar o corte de água”.
Informou que grande parte dos clientes devedores mora na Centralidade do Mussungue, que acumulam contas individuais de 400, 500 e até mesmo um milhão de kwanzas, só um morador. JVL/HD