Lobito - O administrador municipal do Lobito (Benguela), Carlos Pacatolo, defendeu, esta segunda-feira, a necessidade de construção de novas salas de aulas para garantir o acesso à educação a mais crianças.
Empossado há cinco dias, o administrador fez estas declarações quando discursava no acto solene da celebração dos 111 anos da cidade do Lobito, que hoje se comemoram sob o lema: "Lobito, Setembro é nosso".
Para Carlos Pacaloto, é necessario preparar as crianças de forma consciente e adequada, para garantir a continuidade das conquistas já alcançadas e construir bases para as gerações futuras.
"Para enfrentar este desafio, temos de unir sinergias e transformar numa mola impulsionadora por via de uma campanha de doação de material escolar que se distribuirá nas comunidades mais carenciadas", orientou.
Aquele responsável solicitou aos munícipes que se juntem à Administração, de forma individual, colectiva ou como empresa, para se conseguir tal "sonho", de preparar as crianças que já estão matriculadas, mas têm dificuldades de ir à escola com o material necessário.
O segundo desafio, indicou, é referente à necessidade "gritante" de ordenar o comércio informal e ambulante que se verifica na cidade.
Explicou que o município do Lobito recebeu o maior pacote financeiro das obras emergenciais em curso nas cidades do litoral da província.
"Pouco a pouco, as nossas ruas vão ganhando mais dignidade. Já podemos ver um rosto aceitável que orgulha a todos", considerou.
Por isso, disse, "para melhor usufruirmos destas oportunidades, precisamos, com coragem, amizade e respeito, mas sobretudo com muito amor ao próximo, ajudar a reorganizar o comércio informal, para que não continue com a dispersão que todos os dias somos levados a observar".
Fez igualmente referência ao aumento do nível de abastecimento de água à zona alta, realçando o reforço da capacidade de captação.
"Vamos aplicar novas condutas com maior capacidade de absorção e com mais força para bombear a água, sobretudo na zona alta da cidade, onde a dificuldade é maior", revelou.
O administrador estimou que na zona alta vive 60 a 70 por cento da população da cidade e, por isso, tem de se levar os serviços e infra-estruturas para ali, para evitar que a zona se transforme apenas em dormitório e causar problemas em termos de tráfego urbano, na zona baixa.
Para prevenir este problema, sugeriu "levar vida lá para cima" para melhor gerir a mobilidade urbana.
Convidou os munícipes a transformar, com alegria, de forma gradual e produtiva, o dia-a-dia cidade dos flamingos, que já foi considerada "A sala de visitas de Angola".
O município do Lobito tem uma extensão territorial de dois mil e 700 quilómetros quadrados e uma população estimada em cerca de meio milhão de habitantes.TC/CRB