Caimbambo - O Hospital Municipal do Caimbambo, na província de Benguela, carece de médicos de diversas especialidades para atender os pacientes que ali acorrem, diariamente, soube esta segunda-feira a ANGOP.
Actualmente, a unidade conta com uma médica pediatra, que atende diariamente entre 50 a 80 pacientes, e 16 clínicos gerais que asseguram o atendimento aos adultos e muitas vezes também auxiliam na assistência às crianças.
Segundo o director municipal da Saúde, Paulo Tchimutunga, para reforçar o quadro clínico encontram-se em formação, em Benguela, um médico especialista em genicologia-obstetrícia, um em oftalmologia e outro para medicina interna.
O facto mais preocupante, segundo ele, é a falta de um bloco operatório porque está a impossibilitar os serviços de cirurgia, ortopedia-traumatologia e obstetrícia.
Naquelas situações em que há necessidade de se transferir os pacientes para unidades de referência, o director disse que estes, normalmente, são levados para o hospital do Cubal (a 30 quilómetros de distância), por estar mais próximo, e outras vezes para Benguela (a 123 km).
No que toca a transporte, disse que o município recebeu uma ambulância nova, que veio minimizar a carência neste sentido, além de contar com uma outra que, apesar de antiga, ainda presta serviços à comunidade.
O Hospital Municipal do Caimbambo não tem tido problemas de fármacos, devido ao apoio da Direcção Provincial da Saúde, assim como o sector de hemoterapia está sem sobressaltos, com um stock mínimo de cinco bolsas de sangue.
"Temos tido o apoio de várias organizações e, além disso, temos o intercâmbio com o Hospital do Cubal em questões de sangue", informou.
Referindo-se à rede sanitária do município, disse contar com treze unidades, entre as quais um centro médico em cada uma das quatro comunas e vários postos médicos.
"Há equipas fixas e também móveis que se deslocam aos lugares mais recônditos para fazer, principalmente, consultas de clínica geral e pediatria", explicou.
Segundo informações do médico, a Saúde conta com uma força de trabalho de 249 funcionários, entre médicos, enfermeiros, técnicos, pessoal administrativo e auxiliares.
Quanto ao quadro epidemiológico do município, considerou de estável, apesar do paludismo estar sempre com um registo acima de outras patologias.
Sobre as doenças sexualmente transmissíveis, disse haver alguns casos de HIV/SIDA, apesar de não avançar dados estatísticos.
O município do Caimbambo tem uma extensão territorial de três mil e 285 quilómetros quadrados, estando dividido administrativamente pelas comunas do Cayave, Canhamela, Wiangombe e Catengue. Tem uma população de cerca de 120 mil habitantes, segundo dados da Administração local. TC/CRB