Lubango - Vinte pacientes/dia é a média de cirurgias maxilo-facial a cumprir pelo grupo de médicos da campanha “Facilita a Minha Vida” nos hospitais municipais da Matala e o Evangélico de Caluquembe.
A campanha é gratuita e promovida pelo hospital Josina Machel, em parceria com o Ministério da Saúde, cuja finalidade é levar consultas e cirurgias mais próximo do cidadão, de 11 a 16 do mês em curso.
Ao falar do assunto o coordenador da campanha, cirurgião maxilo-facial, Agnelo Lucamba, que o alcance da média de 20 a 25 pacientes/dia dependerá da complexidade da cirurgia, pois se for uma com necessidade de dois ou três especialistas no bloco, reduz o tempo cirúrgico para cada especialista.
“Temos no máximo quatro blocos operatórios disponíveis e vamos operar o máximo de pacientes. Trouxemos material cirúrgico de reabilitação na retirada de tumores, material específico da especialidade e anestésico, com um auxílio dos hospitais onde estamos a passar”, explicou.
Referiu caso haja casos de malformações congénitas, o que mais aparece em crianças, nomeadamente casos de lábio-leporino, fenda do palato, a média de operações pode subir para 30 a 40, por serem mais simples e haver vários especialistas que podem fazer tal procedimento.
O médico cirurgião declarou que hoje estão a constatar as condições dos blocos operatórios nos hospitais onde vão decorrer as consultas e cirurgias, bem como ver os pacientes que já passaram pela triagem, para na quarta iniciar a actividade em pleno.
Agnelo Lucamba ressaltou que a finalidade é que os números subam, com maior adesão da população, pois notaram que alguns pacientes só se apercebem da actividade no final e muitas vezes são cirurgias complicadas, pelo que necessitam de um acompanhamento.
Apesar de estar marcada de 11 a 16 do mês em curso, o médico disse que poderão alargar pois a previsão é sair no dia 18, para Benguela e se no final existirem ainda pacientes para serem operados terão de pensar em um possível regresso para dar continuidade ou os profissionais existentes poderão dar resposta.
Ressaltou existirem patologias mais complexas que requerem um estudo mais detalhado, e quando detectados estão a levar com muita cautela, a fazer o cadastro, no sentido de em próximos momentos levá-los para Luanda ou preparar-se uma equipa mais reforçada para seguimento posterior.
Exemplificou tratar-se de pacientes com patologia duvidosa que carecem de momento de uma quimioterapia ou radioterapia e a cirurgia não é indicada, assim como outros um diabético ou hipertenso não compensado, não podem ser submetidos ao procedimento cirúrgico com o risco de perderem a vida.
A equipa de trabalho é composta por 14 profissionais entre anestesistas e cirurgiões, médicos internos de especialidade, todos nacionais, comprometidos com a causa, numa campanha já passada por Luanda, Cunene, Moxico, Huambo, onde já tiveram mais de mil pacientes operados.
Depois da Huíla, Agnelo Lucamba fez saber que segue Benguela e Uíge, nesta primeira fase e posteriormente numa outra etapa para atingir todas as províncias do país e pensar ainda em levar as cirurgias para fora do país, pois a taxa de sucesso é satisfatória. EM/MS