Ondjiva- A governadora do Conselho Regional do Khomas, República da Namíbia, Laura McLeod-Katjirua, enalteceu esta terça-feira, na província do Cunene, o contributo do governo angolano no processo de luta pela conquista da Independência Nacional do seu país, alcançada em 21 de Março de 1990.
Reagindo durante um encontro com o governo do Cunene, à margem da visita a centralidade Dom Fernando Kevano, a governante namibiana disse que o seu país continua endividando com este feito que causou a destruição de infra-estruturas e o derrame de sangue.
Por este facto disse que a visita ao Cunene vai permitir apresentar maiores estratégias para os diferentes ramos, caminhando em conjunto, rumo à conquista da vitória e desenvolver os dois países.
Laura McLeod-Katjirua disse que talvez muitos jovens não conhecem a história, mas como adultos devem trabalhar de forma conjunta a fim de deixarem um legado melhor as futuras gerações
Ao apresentar o quadro sobre a construção da referida centralidade, o vice-governador para o sector Político, Social e Económico do Cunene, Apolo Ndinoulenga, disse que a mesma é sequência dos acontecimentos económicos, sócio político e militares ocorridos na região.
Disse que no âmbito do processo de reconstrução o Executivo angolano decidiu construir centralidades em vários centros urbanos, para repor as infra-estruturas destruídas durante a guerra e garantir o acesso à habitação.
Lembrou que no dia 26 de Agosto de 1981 o regime do apartheid atacou a cidade de Ondjiva e um dia depois( 27 de Agosto) ocupou Ondjiva, através de ataques de grande envergadura, com o pretexto de perseguição às forças da Swapo.
“O Cunene foi o palco das batalhas militares e 10 anos depois, em 1989, as populações regressaram da Huíla e de forma progressiva restaurando a Administração Política do Estado, constituindo num grande prejuízo em termos de escolarização dos seus quadros", disse.
Já a governadora do Cunene, Gerdina Didalewa, indicou ser importante a apresentação destes resumos para que as equipas técnicas obtêm noções, que permitam traçar melhores estratégias para enriquecer o acordo de geminação entre os dois países.
Fundamentou a necessidade de um acordo no âmbito do ensino da língua inglesa e portuguesa, devido à proximidade dos laços familiares e partilha de interesse comum que obriga um maior entendimento e domínio destas línguas.
Durante a jornada ao Cunene, a delegação namibiana vai visitar o Magistério António Agostinho Neto, complexo memorial do rei Mandume ya Ndemufayo, em Oihole, projecto do canal de Cafu e Hospital Geral Simione Mucune. FI/LHE