Benguela - Pelo menos meio milhão de consumidores vão beneficiar da luz eléctrica produzida pela Central de Energia Solar da Baía Farta, na província de Benguela, inaugurada esta quarta-feira pelo Presidente da República, João Lourenço.
Trata-se de uma central com uma potência instalada de 96 megawatts que será interligada à rede eléctrica nacional e contrubuir para diversificar a matriz energética do país.
Construída nos arredores da vila municipal da Baía Farta, numa área de 186 hectares e com 261 mil e 360 módulos solares, é a segunda Central do género do país a produzir energia eléctrica de fonte renovável em grande escala, depois da do Biópio.
A Central da Baía Farta é parte de um projecto que espera produzir 370 megawatts (MW) em sete centrais, sob responsabilidade da empresa norte-americana Sun Africa.
O plano das autoridades angolanas é de edificar projectos semelhantes em Saurimo (Lunda Sul), Lucapa (Lunda Norte) e Luena (Moxico), com cerca de 74 MW de potência cada uma.
Abrangidos pelo projecto estão também os municípios do Bailundo (Huambo) e Cuito (Bié) que deverão ser incluídos numa fase posterior, por já estarem a receber energia da rede eléctrica nacional.
Desta forma, Angola junta-se a países africanos produtores de energia solar, como Quénia, África do Sul, Argélia, Ghana, e Marrocos.
A nível da despesa pública, a produção de energia eléctrica através centrais solares terá como impacto a poupança de cerca de um milhão e 400 mil litros de combustível diariamente.
Estima-se que 60 milhões de pessoas usam energia solar como fonte de electricidade em África, um continente onde quase 87 por cento das pessoas de baixa renda que vivem nas áreas rurais subsarianas não têm acesso à electricidade.