Baku (Da enviada especial) – A cidade de Baku, palco, esta semana, da Culpa de Alto Nível COP29, figura entre as mais emblemáticas do mundo, em termos históricos e culturais.
Baku, que receberá nos próximos dias dezenas de chefes de Estado e de Governo para a conferência de Alto Nível COP29 sobre mudanças climáticas, chama atenção, sobretudo, pelos traços arquitectónicos dos seus edifícios.
Trata-se, no essencial, de prédios de cinco andares conhecidos como “khruschovkas” e de modernos arranha -céus, alguns deles em construção, que dão um notável colorido e contraste entre o antigo com o novo.
Pelas ruas da capital do país observam-se avenidas largas separadas por poucos metros de vielas estreitas, passeios do estilo português, do século 19, que marca uma cidade mais cosmopolita, com uma cultura rica proveniente de vários países, como a Turquia e a Rússia.
Nesta cidade, há várias muralhas que a cerca erguidas no século 12, além de mesquitas e torres que abrigam o maior palácio, visitados pelos turistas. Entre uma ruazinha e outra estão as famosas lojas de artesanato local.
Encontramos na cidade o centro cultural, Heydar Aliyev um complexo que abriga um museu, biblioteca e centro de conferência, com uma arquitetura moderna, ampla com traços soviéticos ainda existentes pela Baku.
O país regista transformações de vulto desde a independência, em 1991, com o fim da União Soviética, pelo que tem recebido investimento em infra-estruturas, impulsionadas pelo dinheiro do petróleo e do gás natural.
O seu dia-a-dia é de grande agitação, tanto no período nocturno, quanto diurno, visto que tem uma cultura diversificada.
Em termos percentuais, 97% da população dedica-se ao islamismo, numa cidade que acolhe vários eventos políticos que fazem mudar a sua rotina.
A velha cidade de Baku é a primeira a ser classificada como património mundial pela Unesco e é o local ideal para comprar as lembranças da viagem.
Baku, para onde se desloca a Vice-Presidente de Angola, Esperança da Costa, em representação do Chefe de Estado, João Lourenço, é uma cidade de múltiplas civilizações. Com a capital mais baixa do mundo, está localizada a uma altitude de 28m abaixo do nível do mar.
Considerada a maior cidade do mar Cáspio e da região do Cáucaso, fez parte do império Persa e da extinta União Soviética, por estar em posição estratégica do mar Cáspio
a também Baku tem significado na crença local "montanha de Deus".
Situação política e económica
Com uma população de 10. 223.000 habitantes, Azerbaijão é um país urbanizado, uma vez que 57, 2% da população vive nas cidades.
A maior parcela dos habitantes do Azerbaijão vive na região leste, nas proximidades da capital, que é a maior do país, com 2,4 milhões de moradores. No total, de 57, 2% vive
nas cidades, caracterizado como um país urbanizado.
A taxa de crescimento populacional do país é de 0,67%, bem abaixo da média mundial.
O que mantém o aumento da população do Azerbaijão é o número de nascimentos superior ao de mortes, mais precisamente do dobro,
uma vez que o saldo migratório do país é nulo, isto é, o total de imigrantes é equivalente ao de emigrantes.
Actualmente a expectativa de vida de quem nasce no Azerbaijão é de 74,1 anos.
O Azerbaijão é uma República presidencialista, onde o Presidente é o chefe do poder Executivo, sendo eleito de forma directa para exercer um mandato de sete anos.
Até 2016, o tempo de governação era de cinco e a sua ampliação foi decidida mediante um referendo.
A Assembleia Nacional corresponde a um Parlamento de 125 membros eleitos directamente para exercerem mandatos de cinco anos.
No plano económico, a produção e a exportação de petróleo e gás natural constituem a base da economia do Azerbaijão, cujo Produto Interno Bruto (PIB) supera os 73 biliões de dólares americanos, de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).
A economia do país divide-se entre os sectores secundário e terceiro, com destaque para a indústria, que responde por 53,5% do PIB nacional.
As receitas de petróleo e gás representaram 52% do orçamento público do Azerbaijão, em 2022, e cerca de 90% da sua receita de exportação.
Dia da vitória
A cidade de Baku está a comemorar esta sexta-feira o Dia da Vitória, uma celebração do direito internacional e da justiça, transformando-se em uma página gloriosa na história do Povo do Azerbaijão.
A celebração é fruto do resultado da Guerra Patriótica de 44 dias, que começou em 27 de Setembro de 2020, em resposta a provocação e a uma nova agressão militar da Arménia, o Azerbaijão libertou suas terras da ocupação de acordo com as Resoluções do Conselho de Segurança da ONU relacionadas.
O momento está a ser assinalado com desfile militar e um acto central.
Nesta altura é notória a agitação da cidade e centenas de dísticos relacionados com a COP 29, que convidam qualquer estrangeiro ou turista a participar do evento. FMA/ART