Luanda – Os partidos políticos da oposição, com assento na Assembleia Nacional (AN), mostraram-se, nesta quinta-feira, optimistas em relação à possível convocação, para breve, pelo Presidente da República, João Lourenço, das quintas eleições gerais.
A este propósito, o porta-voz da UNITA, Marcial Dachala, referiu que isso irá permitir que cada partido político possa preparar-se convenientemente, de forma atempada.
Marcial Dachala referiu ainda que, para a sua formação política, não existem datas ideais, desde que se cumpram com os imperativos constitucionais.
De igual modo, salientou a necessidade de o pleito eleitoral decorrer num clima de paz e concórdia.
Neste sentido, apelou às entidades de direito, e ao povo, em geral, para primarem pela lisura e verdade, não enveredando para actos de intolerância política.
Por seu turno, o vice-presidente da CASA-CE, Siconda Alexandre, considerou legítima a convocação das eleições, nos próximos dias, desde que tenha lugar após consulta ao Conselho da República.
Neste sentido, e após a sua convocação, a recolha das assinaturas necessárias para apresentação ao Tribunal Constitucional e a consequente campanha eleitoral, constituirão os principais desafios da coligação eleitoral.
Siconda Alexandre apelou à calma e respeito pelas ideias contrárias, para que a “festa da democracia” decorra num clima de harmonia e concórdia.
Entretanto, o presidente do Partido de Renovação Social (PRS), Benedito Daniel, ressaltou o facto de este ser um imperativo constitucional.
Argumentou que o Chefe de Estado deve respeitar os prazos constitucionais, que impõem a convocação das eleições 90 dias antes do término do mandato legislativo.
Benedito Daniel disse ainda que o PRS está preparado para dar início às acções neste sentido, bem como cumprir com as exigências que se impõem, no sentido de obter um resultado melhor do que o de 2017.
Como desafios apontou a inscrição no Tribunal Constitucional, a fim de ser aprovado para concorrer às eleições e, posteriormente, desenvolver acções que o levem a obter um resultado melhor que o alcançado no pleito de 2017.
Já na óptica da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), a convocação das eleições gerais é um imperativo legal plasmado na Constituição da República, cujo pressuposto deve ser cumprido dentro dos prazos estabelecidos.
Em declarações à ANGOP, o secretário nacional para a Informação e Marketing Político dessa formação partidária, Ndonga Zinga, salientou a necessidade de o Presidente da República convocá-las dentro dos prazos estipulados pela Lei Magna.
Nessa vertente, referiu que a formação política tem como desafios, até a realização das eleições gerais, a implementação de um conjunto de acções no sentido de ter uma presença mais abrangente na Assembleia Nacional.
Ndonga Zinga realçou que a FNLA pretende ser uma força política revitalizada, deixando de ser um mero espectador no Parlamento, mas tendo no mínimo entre 30 a 40 deputados.