Ondjiva - A governadora da província do Cunene, Gerdina Didalelwa, defendeu esta sexta-feira, na região de Owagwena, um diálogo permanente entre os povos angolano e namibiano, para a reafirmação da coexistência pacífica entre Angola e a Namíbia.
A governante fez este pronunciamento durante um encontro bilateral de cooperação entre Angola e Namíbia, que teve por objectivo encontrar soluções sobre a presença e fixação ilegal em Angola de cidadãos namibianos que praticam actividades agropecuárias, com tendência de mecanização em algumas zonas da província do Cunene.
Considerou fundamental garantir e promover relações amistosas permanentes entre os dois países em todas as dimensões da vida social, económica e cultural.
Gerdina Didalelwa realçou que a condição de vizinhança produz vantagens mútuas, mas para tal há necessidade de se primar por um diálogo permanente, franco e de respeito entre as partes.
Destacou a importância da fronteira com a Namíbia, por ser uma das maiores portas de entrada de Angola para outros países da Comunidade de Desenvolvimento dos Países de África Austral (SADC), cujo objectivo é a promoção da integração regional e maior aproximação dos povos irmãos da região.
"Geralmente, temos uma fronteira pacífica que desempenha um papel preponderante no processo de integração regional, daí o fortalecimento cada vez mais da nossa amizade para o bem-estar da economia e vida social das populações dos dois países", sublinhou.
Estima-se que três mil 750 fazendeiros namibianos se instalaram ilegalmente no leste dos municípios de Namacunde e Cuanhama, província do Cunene, com mais de 11 mil 140 animais, entre bovinos, caprinos e equinos, distribuídos em 123 currais.
A província do Cunene partilha 460 quilómetros de fronteira com a Namíbia, sendo 340 terrestres e 120 fluvial .FI/LHE/VIC