Luanda - Especialistas em relações internacionais admitiram, esta quarta-feira, a manutenção da política externa americana com África, em particular com Angola, com a eleição de Donald Trump.
Ao falarem à ANGOP em reacção a eleição de Donald Trump como 47º Presidente dos EUA, os académicos foram coincidentes e nessa opinião.
Os académicos exprimiram topiniões no acto de lançamento do livro “Política Externa de Angola Principais Marcos, Desafios e Pespespectivas”, da autoria do professor Osvaldo Mboco, decorrido no Memorial Dr. António Agostinho Neto, em Luanda.
Para o professor de Relações Internacionais, Mário Pinto de Andrade, o princípio da política externa americana com Angola não vai alterar.
“Angola é um país estratégico. Os Estados Unidos têm interesses estratégicos com a África Austral e, fundamentalmente, com Angola, que é um Estado director aqui na região”, enfatizou.
Disse acreditar que não vai haver alterações substanciais durante a administração Trump.
“Assim sendo, temos de esperar, porquanto o Presidente eleito dos EUA toma posse em Janeiro de 2025 e vai-se aguardar como redefinirá os novos interesses estratégicos da América no Mundo, mas acredito que em África, Angola vai continuar a ser um parceiro estratégico”. Frisou.
Já o professor de Direito Fiscal e Advogado, Tito Cambaje, anteviuque não haverá mudanças na cooperação EUA/Angola, apesar de América ter novo presidente.
Em sede das relações internacionais, enfatizou, Angola tem parceiros, amigos e interesses comuns, pelo que é sempre um país a ter em conta.
Por seu turno, o economista Daniel Sapateiro, considera que Kamala Harris satisfaria mais nesse quesito.
Afirma ter percebido da campanha eleitoral e do único debate havido entre os dois candidatos, que a África para Donald Trump não é um continente estratégico, como Joe Biden disse na visita do Presidente João Lourenço, em Novembro de 2023.
Por seu turno, o advogado Avelino Capaco afirmou que o país está no melhor momento da política extrema, com uma actuação bastante significativa, um reposicionamento no sistema internacional e pensa estar-se a obter os melhores resultados.
Assim sendo, pensa que o Presidente Trump irá manter a relação que foi desenhada até a presente data, porque “estamos a falar de vários interesses americanos em Angola”.
“Os interesses são do Estado, não são de pessoas. Pode não ter a mesma dinâmica que teve com o Presidente Joe Biden, mas entendemos nós que vai manter.
Donald Trump, republicano, foi eleito o 47. Presidente dos Estados Unidos, tendo jconquistado mais do que os 270 votos do colégio eleitoral necessários, quando ainda decorre o apuramento dos resultados.
Trump segue também à frente da adversária democrata Kamala Harris no voto popular, com 51% contra 47,5% dos votos contados.
O Partido Republicano recuperou ainda o Senado ao ultrapassar a fasquia de 51 eleitos, enquanto na Câmara dos Representantes segue igualmente na frente no apuramento com 201 mandatos, a apenas 17 da maioria.SC/ART