Kiev - O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considera que "as próximas 24 horas" serão "cruciais" para a Ucrânia, indicou em conversa com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
O prognóstico foi feito numa conversa por telefone no domingo à noite, no qual o chefe do Governo britânico, segundo um porta-voz, disse a Zelensky que faria todo o possível para "garantir que a ajuda defensiva do Reino Unido e aliados chegue à Ucrânia".
"O primeiro-ministro elogiou a coragem do povo ucraniano após a invasão russa e elogiou a liderança do presidente Zelensky diante de tamanha adversidade. A resistência do povo ucraniano foi heróica", disse a mesma fonte.
Hoje está previsto um encontro entre delegações da Ucrânia e Rússia, onde se espera que negoceiem uma possível cessação das hostilidades.
Já esta manhã, o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, garantiu que não houve "mudança significativa" na estratégia de dissuasão nuclear da Rússia, apesar da ameaça pelo Presidente russo, Vladimir Putin.
"Examinamos a posição dele. Não há mudança significativa", disse Ben Wallace à rádio LBC, acreditando que era mais uma maneira de o presidente russo "procurar impressionar".
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram pelo menos 352 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.