Jerusalém - O primeiro-ministro palestiniano, Mohammed Shtayyeh, considerou esta segunda-feira que as sanções israelitas impostas à Autoridade Palestiniana são uma tentativa de "empurrá-la para a beira de um abismo financeiro" e representam "uma nova guerra".
"Estas medidas constituem uma nova guerra contra o povo palestiniano (...) e contra a sobrevivência da Autoridade Nacional Palestiniana", declarou Shtayyeh, antes da reunião semanal do Governo.
Sublinhou que está política tem o único objectivo que é de empurrar a Autoridade Palestiniana para a beira de um abismo financeiro e institucional" e que acabaria em fracasso.
Na sexta-feira, o novo Governo de Israel, liderado por Benjamim Netanyahu, aprovou uma série de sanções contra a Autoridade Palestiniana como represália à pressão que está a fazer na ONU contra a ocupação israelita.
Entre as medidas aprovadas pelo gabinete de segurança do Governo de Israel está a que permite a Israel reter 39 milhões de dólares (36,8 milhões de euros) destinados à Autoridade Palestiniana, transferindo esse montante para um programa de compensação para as famílias das vítimas israelitas de ataques de militantes palestinianos.
Outra medida é a decisão de Israel reduzir ainda mais as verbas que normalmente transfere para a Autoridade Palestiniana, uma quantia igual à que o executivo palestiniano pagou em 2022 a famílias de prisioneiros e mortos palestinianos no conflito, incluindo militantes implicados em ataques contra israelitas.
O novo Governo de extrema-direita de Israel prometeu dar prioridade à expansão dos colonatos e legalizar os postos avançados construídos ilegalmente. Israel já construiu dezenas de colonatos judaicos que abrigam cerca de 500 mil israelitas que vivem ao lado de cerca de 2,5 milhões de palestinianos.