Viena - As autoridades da OPEP acreditam que uma possível proibição da União Europeia ao petróleo da Rússia por causa da invasão à Ucrânia prejudicaria os consumidores, afirmam fontes da organização, acrescentando que essas preocupações foram transmitidas a União Europeia (UE).
Os principais membros da OPEP, como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, tentaram navegar em território neutro entre o Ocidente e Moscovo (Rússia), enquanto a OPEP+, grupo que inclui a Rússia, evitou a questão da Ucrânia nas suas reuniões.
A UE, que depende muito do petróleo russo, já impôs duras sanções à Rússia, incluindo o congelamento dos activos do seu banco central. O bloco vem discutindo como aplicar sanções à indústria de energia da Rússia. Autoridades da OPEP, incluindo o secretário-geral Mohammad Barkindo, encontraram-se com o comissário de Energia da UE, Kadri Simson, em 16 de Março para discutir os "tempos extraordinários" para o mercado de energia, disse Simson no Twitter.
Uma das fontes da organização petrolífera disse que as preocupações do grupo foram externadas para a UE. "Eles estão muito bem informados", disse a fonte, que não quis ser identificada.
Questionada sobre a reunião de 16 de março, uma autoridade da UE disse: "A Opep apresentou sua análise da situação do mercado de petróleo e nos informou sobre seus planos em termos de produção de petróleo".
"Como sempre dissemos, nada está fora da mesa em termos de sanções futuras", afirmou. A sede da OPEP em Viena (Áustria) não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.