Bruxelas - Os líderes das instituições europeias manifestaram hoje pesar pela morte do jornalista holandês Peter de Vries, considerando tratar-se de um "dia triste para a liberdade de imprensa" e afirmando que o jornalismo de investigação é "vital" para as democracias.
Na sua conta oficial da rede social Twitter, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, diz estar "profundamente triste com as notícias do falecimento de Peter de Vries" e expressa as suas condolências à "família e aos próximos" do jornalista.
"Os jornalistas de investigação são vitais para as nossas democracias. Temos de fazer tudo para protegê-los", lê-se na mensagem de Von der Leyen.
Também o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, envia as suas "sentidas condolências" à "família e amigos do jornalista Peter de Vries", assim como ao "povo holandês", considerando que o seu falecimento constitui um "dia triste para a liberdade de imprensa".
"Temos de continuar, pela sua memória, a nossa inabalável luta por uma imprensa livre, pela tolerância e pela democracia", escreve Charles Michel no Twitter.
Do seu lado, o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, mostra-se também "muito triste" com o falecimento do jornalista holandês, e afirma que os "pensamentos" da instituição a que preside estão com a "família e amigos" de Peter de Vries.
"A sua coragem na exposição do crime organizado, e em iluminar as partes mais obscuras da nossa sociedade, serão sempre recordadas", frisa Sassoli no Twitter.
O jornalista criminal holandês Peter R. De Vries, gravemente ferido a tiro seis deste mês em Amesterdão (Holanda), morreu vítima dos ferimentos, segundo um comunicado de sua família divulgado pela estação televisiva RTL.
De Vries, conhecido pelas suas reportagens sobre o submundo holandês, foi baleado numa rua de Amesterdão, depois de fazer uma das suas aparições regulares num programa de televisão.
Em 2019, soube-se que De Vries estava na lista negra do narcotraficante e líder da máfia holandesa Ridouan Taghi e foi nesse momento que passou a ser protegido pela polícia devido a ameaças de morte.
Dois suspeitos foram detidos após os disparos que atingiram o jornalista.