Londres - O ataque, que condicionou grandes unidades de saúde de Londres geridas pelo Serviço Nacional de Saúde (NHS) britânico, ditou que milhares de marcações para doar sangue fossem canceladas, informa o site Noticias ao Minuto.
Os hospitais britânicos encontram-se a braços com uma escassez “sem precedentes” das reservas de sangue, na sequência da interrupção de doações devido a um ciberataque que afecta o fornecedor de serviços Synnovis desde 3 de Junho.
O ataque, que condicionou grandes unidades de saúde de Londres geridas pelo Serviço Nacional de Saúde (NHS) britânico, ditou que milhares de marcações para doar sangue fossem canceladas, segundo adiantou a agência Reuters.
Estas circunstâncias aliaram-se ao desafio de encontrar dadores de sangue durante o verão, altura em que as pessoas estão de férias e o tempo mais quente pode deixá-las demasiado desidratadas para dar sangue, tendo gerado a “tempestade perfeita”, disse o NHS.
É que, de acordo com o organismo, as reservas de sangue caíram para “níveis baixos sem precedentes”.
“Precisamos urgentemente que mais dadores do grupo O ajudem a aumentar as reservas para tratar os doentes que necessitam de tratamento. A necessidade de sangue O negativo, em particular, continua a ser crítica”, alertou Jo Farrar, director executivo do Serviço Nacional de Sangue e Transplantação, em comunicado.
De facto, os hospitais a nível nacional têm apenas o equivalente a 1.6 dias de reservas deste tipo de sangue, utilizado em situações de emergência quando o sangue de um doente é desconhecido.
No total, as reservas de todos os tipos de sangue devem durar 4.3 dias.
Nessa linha, o NHS pediu para que as unidades de saúde limitem a utilização de sangue O negativo ao essencial e que recorram a substitutos sempre que seja seguro.
Desde o dia 3 de Junho que os hospitais necessitaram da quantidade de sangue O negativo equivalente ao seu uso em mais de 1.7 dias, quase o dobro em comparação com o mesmo período do ano passado. CQ/AM