Lubango – O presidente da Cooperativa Provincial do Carnaval (COPAC), na Huíla, Pedro Mussunda, defendeu hoje, quarta-feira, no Lubango, maior divulgação de danças folclóricas angolanas, pois só assim serão conhecidas e preservadas pela nova geração.
Falando à ANGOP, a propósito do Dia Internacional do Folclore, que hoje se assinala, o investigador cultural considerou de importante a criação de mecanismos mais eficazes e “fortes” que permitam às crianças e jovens a manterem contacto com os ritmos típicos de cada região, para assegurarem a continuidade desses estilos.
Admitiu que a dança tradicional tem passado por inúmeras transformações e influências, face a globalização, logo, a preservação das raízes deve constituir um compromisso de cada cidadão, sobretudo os mais velhos, para que transmitam às novas gerações esses valores da identidade nacional.
Argumentou ser fundamental incluir, já, o estudo de algumas dessas danças no currículo escolar, para incutir nos alunos a pertinência da sua preservação, para a manutenção da história nacional.
“Este exercício científico deve aliar aos recursos materiais e financeiros para uma pesquisa mais profunda sobre a dança tradicional, que permita chegar aos locais mais recônditos no estudo sistemático dessa arte”, - disse.
Segundo Pedro Mussunda, o folclore representa um conjunto de tradições e manifestações populares estabelecido por lendas, mitos, provérbios, danças e costumes, que são passados de geração em geração.
O Dia do Folclore é comemorado em 22 de Agosto, data escolhida em virtude do criador do termo original (folklore), William John Thoms, arqueólogo britânico ter manifestado oficialmente o cunho, neste dia, em 1846, em uma publicação.
Desse modo, o folclore é entendido como um conjunto de práticas e saberes de um determinado povo. Esse conjunto tem transmissão geracional e abarca danças, canções, personagens, comidas típicas, narrativas tradicionais. JT/MS