Luanda - O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, defendeu esta quarta-feira, em Maputo, a necessidade de o seu país e Angola reforçarem os investimentos no domínio do ensino superior, em particular na formação de docentes.
Ao discursar no acto central das celebrações dos 60 anos do ensino superior de os ambos países, o governante referiu que, para uma melhor qualificação dos quadros, é essencial a realização de formações contínuas dos docentes.
Do seu ponto de vista, Angola e Moçambique não devem “apostar apenas na formação de quadros em petróleo e gás”, sendo fundamental que “e invista noutros sectores do ensino, para haver mais e melhor diversificação da economia.
Em relação aos técnicos do seu país, Filipe Nyusi referiu que esses actos de capacitação vão dotar os técnicos de competências para lidarem, sobretudo, com as novas áreas de actuação, decorrentes da indústria extractiva.
O Chefe do Estado exortou aos quadros aduaneiros e do Ministério da Economia e Finanças a trabalharem para o domínio do negócio da indústria do petróleo e gás.
Noutro domínio, anunciou que os dois países vão assinar um memorando no domínio do ensino superior, visando melhorar a qualidade técnico-profissional dos docentes e dar resposta aos desafios futuros.
Para Filipe Nyusi, as instituições de ambos os países, devem trabalhar envolvendo a capacitação do sector privado para torná-lo robusto e dinâmico, destacando ser importante a auscultação das dificuldades e reclamações desse sector, que se queixa de barreiras no exercício das suas actividades.
As celebrações dos 60 anos do ensino superior em Moçambique e em Angola, constituem uma ocasião fundamental para os Governos de Moçambique e de Angola mobilizarem os diversos actores da sociedade, nacionais e estrangeiros, para participarem em debates sobre as reformas da política pública do ensino superior e as consequentes acções, na busca de propostas exequíveis para responder aos principais desafios, através de conferências internacionais, nacionais, regionais, eventos virtuais e de outras modalidades, para colher o melhor da inteligência colectiva da esfera pública que, a posterior, possam ser transformadas em planos de acção concretos.
A conferência decorre em formato híbrido (presencial e on-line), e as apresentações dos trabalhos científicos serão organizados em conferências principais, sessões paralelas e mesas redondas.