Luanda - O secretário de Estado do Planeamento, Milton Reis, disse esta quinta-feira, em Luanda, que a aquisição de produtos no mercado externo para a Reserva Estratégica Alimentar (REA) deverá ser para os bens com défice de produção interna.
Falando no habitual briefing do Ministério da Economia e Planeamento, sublinhou a necessidade contínua de se reforçar o trabalho, para que o país tenha uma produção nacional competitiva, para fazer face às necessidades internas.
A REA serve para colocar de imediato no mercado, numa primeira fase, até 354 mil toneladas de alimentos, aumentando progressivamente até chegar às 520 mil toneladas de produtos.
Entre os produtos a disponibilizar de imediato, destacam-se o açúcar, arroz e coxa de frango, sendo que, ao longo das próximas, semanas começam a ser distribuídos os restantes nove produtos, dos 11 que integram a gestão da operação.
O REA vai garantir a aquisição, armazenamento e distribuição de 520 mil toneladas de produtos alimentares, parte deles já produzidos e transformados localmente, em indústrias geradoras de emprego, prevendo-se um impacto na redução dos preços, em até 5% para o consumidor final.
Por outro lado, Milto Reis destacou que o Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI), que conta com mais de 50 mil agentes económicos formalizados, começou a ter uma dinâmica maior em 2021, contando com balanço positivo, tendo em conta o número de operadores que querem ter as suas actividades formalizadas.
O Executivo, apontou, continua a trabalhar para ter um desempenho positivo de todos os programas, em número de 70, que estão no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022.
“ Estamos a trabalhar no sentido de alcançar as metas que constam do plano ambicioso-PDN. Devemos continuar a trabalhar porque o planeamento já foi feito”, reforçou.
O secretário de Estado ressaltou também o desempenho das Contas Nacionais, apontando um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB 2021) de 0,8%, face ao período homólogo de 2020, o que sinaliza a retoma da economia nacional.
Frisou que o resultado deve-se ao crescimento expressivo do sector não petrolífero em 6,6%, contraindo o sector petrolífero, incluindo o gás, em cerca de 11,1%.
Citando os dados, justificou que o desempenho positivo do sector não-petrolífero, no período em referência, é justificado pelo crescimento verificado nos sectores dos transportes (69,8%), pescas (53,0%), comércio (18,4%) e construção (7,5%).
A agro-pecuária e silvicultura (5,49%), serviços imobiliários e aluguer (3,0%), correios e telecomunicações (2,9%), electricidade e água (2,8%), indústria transformadora (2,6%), administração pública, defesa e segurança Social Obrigatória (2,0%) fazem parte da lista de sectores apontados.