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Oleoduto Angola/Zâmbia ainda sem decisão para sua construção

     Economia              
  • Luanda • Quinta, 07 Julho de 2022 | 20h17
Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo
Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo
Domingos Cardoso - ANGOP

Luanda - O projecto de construção do oleoduto para transportação de derivados de petróleo da refinaria do Lobito (Angola) para a capital zambiana, Lusaca, ainda está em fase de aprofundamento de estudos de viabilidade, visando aprovação desta infra-estrutura petrolífera.  

 Além disso, o projecto denominado Angola/Zâmbia Oil Pipeline (AZOP) também encontra-se num período de avaliação dos aspectos económicos, técnicos e ambientais, para se tomar a decisão final e definir o investimento a ser aplicado, segundo o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.  

Em declarações à imprensa, esta quinta-feira, em Luanda,  após o encontro que manteve hoje com o ministro da Energia da Zâmbia, Peter Kapala,  o governante angolano clarificou que “os dois governos ainda não tomaram a decisão final para a construção do oleoduto Angola/Zâmbia”, que está em fase de aprofundamento de estudos de viabilidade. 

Além de ser projectado para os dois países, o governante angolano avançou que, caso se concretize a implementação do oleoduto, também poderá abranger os países que fazem fronteira com a Zâmbia. 

Na ocasião, Diamantino Azevedo apontou a transportação de derivados de petróleo, através de um “Pipeline”, como o meio viável para tornar o produto final mais barato, comparativamente ao transporte rodoviário, por exemplo. 

Por seu turno, o ministro zambiano da Energia, Peter Kapala, afirmou que, até ao momento, os resultados alcançados nas negociações sobre AZOP são positivos, tendo em conta o aprofundamento dos estudos de viabilidade feitos. 

Segundo o ministro zambiano, o litro de combustível (gasóleo/gasolina) na Zâmbia custa cerca 1,5 dólares (634 kwanzas), “um valor muito alto para os consumidores”. 

Por conta disso, avançou, o Governo zambiano tem o interesse e a necessidade de aprofundar o estudo de viabilidade para a construção de um oleoduto Angola/Zâmbia, visando obter vantagens mútuas entre os dois países. 

“A concretização do projecto AZOP será, essencialmente, vantajosa para Zâmbia, que tem tido custos elevados com a importação e transportação dos derivados de petróleo, facto que se tem reflectido no preço final dos combustíveis”, afirmou. 

O projecto, que prevê a interligação entre a refinaria do Lobito (Angola) e Lusaca (Zâmbia), foi orçado, inicialmente, em cinco biliões de dólares (dados de 2020). 

De acordo com Peter Kapala, o orçamento previsto poderá ser reduzido em 3,5 bilhões de dólares.

A Zâmbia compra boa parte do seu combustível a partir da Arábia Saudita e começa a mudar a rota para o mercado angolano, dadas as vantagens comerciais inerentes e a posição geográfica.

Angola, por sua vez, quer aproveitar a privilegiada condição geográfica da Zâmbia, que faz fronteira com oito países, aos quais a Sonangol espera fazer chegar os seus refinados, através do oleoduto.

Com base nos estudos prévios, uma estação de estocagem de derivados de petróleo, deverá ser erguida numa das províncias do Leste de Angola, a partir da qual, prevê-se fornecer os fluidos para os diferentes países da região Austral de África.





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