Luena - O governador provincial do Moxico, Ernesto Muangala, recomendou, esta quinta-feira, a necessidade do afastamento e consequente substituição das empresas fiscalizadoras de projectos do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), com deficiência na execução de obras.
Muangala teceu tais recomendações na cerimónia de empossamento de novos gestores públicos, cujo acto decorreu no complexo turístico Monumento à Paz.
Na ocasião, o governante apelou ao novo administrador municipal do Alto Zambeze, Henriques Cholimba, a prestar maior atenção na execução e qualidade das obras em curso, numa região com fraco desempenho na implementação deste programa do Governo.
Dados indicam que o município do Alto Zambeze conta com 13 projectos inscritos na carteira iniciada em 2019, entretanto, apenas seis foram concluídos, tratando-se de pequenos sistemas de água e duas escolas de sete salas de aulas.
Informações obtidas pela ANGOP, apontam que alguns empreiteiros paralisaram as obras,alegando o "desajustamento do orçamento inicial", face à distância da circunscrição em relação à capital da província (519 quilómetros), associado ao custo inflacionado dos materiais de construção.
Na ocasião, o governador provincial orientou que há necessidade de se substituir fiscais de obras que comprometem este programa, naquele município, o maior do país, que tem uma carteira do PIIM avaliada em mil milhões de kwanzas destinados aos sectores da energia, água, educação, saúde, saneamento básico e estradas.
“ O conluio dos fiscais com os empreiteiros têm comprometido a implementação deste programa”, disse.
O governador recomendou também o novo administrador para dedicar maior atenção na implementação dos programas de combate à pobreza, que na óptica do governante, não tem tido reflexos na vida da população daquela região.
Já ao novo director do Gabinete de Desenvolvimento Económico e Integrado, Esmal Keshipoco, Muangala orientou a promoção de acções de actualização da base de dados dos mercados da provincial, por via do cadastramento de vendedores, bem como definir um paradigma de cobrança único para garantir a entrada de mais recursos na conta única do tesouro.
Recomendou, igualmente, o redireccionamento do comércio grossista fora das localidades, assim como combater a venda de produtos contrafeitos e promoção da construção e organização dos mercados.
Aliada a essas medidas, disse que se deve criar condições de competitividade entre empresários estrangeiros e locais, por via do assegurando o combate de pequenos monopólios que se registam no ramo do comércio e da indústria.
O governador quer também a distribuição justa e equitativa dos meios e equipamentos atribuídos, no âmbito dos programas promovidos pelos departamentos ministeriais à população.
A província do Moxico conta com mais de um milhão de habitantes, de acordo com a projecção do Instituto Nacional de Estatística (INE), durante o Censo Populacional de 2014. TC/YD