Lobito – A equipa sénior de basquetebol da Casa do Pessoal do Porto do Lobito reforçou-se, para a próxima época, com três jogadores das posições um, dois e três vindos do 1º de Agosto e do Vila Clotilde, soube a ANGOP, esta quarta-feira.
Segundo o presidente da CPPL, António Cassoma, que falava à ANGOP sobre os investimentos para a próxima época, além destes atletas, a equipa está no mercado à procura de outros reforços para a posição cinco e também procura investir nas infra-estruturas.
Garantiu que a CPPL poderá ombrear com as equipas do topo, caso consiga os jogadores que estão em falta.
“Em função do quarto lugar alcançado na época passada, pretendemos manter ou melhorar a classificação para garantir a confiança dos nossos adeptos”, considerou.
Para o efeito, a Direcção tem tentado satisfazer as necessidades dos atletas, no que toca ao pagamento dos ordenados sem atraso, a dar paz e tranquilidade e, sobretudo, a conversar com eles com transparência sobre as limitações do clube.
“A próxima época inicia em Setembro e pensamos fazer um bom campeonato para agradar os amantes da modalidade a nível da nossa província e não só”, prometeu.
António Cassoma referiu-se sobre uma "situação menos boa", durante o processo de preparação da equipa que tem a ver com a “saída ilegal” de dois atletas a favor do Sporting de Luanda, que vai participar no próximo Unitel Basquet, considerando ter usado “golpe baixo”.
Segundo o dirigente, o Sporting de Luanda falou directamente com os jogadores, sem ter contactado com o seu clube, acrescentando que os mesmos já estão a treinar naquela equipa da capital do país.
“Os clubes são geridos por regulamentos e o contrato de atletas vinculados num clube passa pela negociação com o mesmo, e não a falar-se pessoalmente com os jogadores”, desabafou.
Para situações do género, o presidente lembrou que o regulamento pune os atletas com dois anos de suspensão nas competições oficiais e garantiu que vai basear-se neste aspecto, para esclarecimento, por uma questão de respeito, já que os clubes gastam muito dinheiro para participar no campeonato sem a devida recompensa.
Falando ainda sobre os regulamentos da Federação Angolana de Basquetebol (FAB), disse esperar mudanças em termos de deslocação, já que a Casa do Pessoal e o CAB de Benguela são as únicas equipas fora de Luanda que participam no campeonato nacional de basquetebol.
“O ano passado tínhamos de nos deslocar a Luanda para jogar às sexta-feiras e aos domingos, uma situação prejudicial para os atletas. Oxalá esta situação melhore”, sugeriu.
Questionado sobre a actual situação do basquetebol no país, disse que a FAB tem estado a fazer um bom trabalho, mas, para ele, o negativo está na intensidade dos jogos, que não permitem uma boa recuperação dos jogadores.
Sobre o alargamento da modalidade a nível de outras províncias, apontou a falta de apoio, uma vez que existe a prática de basquetebol na Huíla, Bié, Malanje e Cabinda.
António Cassoma defende que as empresas deveriam apoiar a modalidade, no âmbito da sua responsabilidade social, já que é uma das mais conhecidas a nível internacional, devido a participações nos campeonatos mundiais e nos Jogos Olímpicos. TC/CRB