Ondjiva- A Associação do Desporto para Pessoa com Deficiência, na província do Cunene, tem em carteira a massificação do futebol para amputados, a fim de participarem dos campeonatos nacionais da modalidade.
A pretensão foi manifestada, esta segunda-feira, à ANGOP, pelo secretário da referida associação, Miguel Agostinho, referindo que constitui meta para o presente ano, trabalhar no sentido de alavancar o futebol para amputados, de modo a garantir a participação dos atletas locais nas provas nacionais.
Para tal, explicou ser fundamental que haja apoio em termos de muletas e outros materiais para prática da modalidade.
Acrescentou que, sem muletas não se consegue fazer nada e que já contactaram várias instituições, mas que continuam fechadas, pelo que, apelou às instituições afins e classe empresarial a colaborar com a causa para que o desporto na província seja uma realidade.
Fez saber que actualmente na província são controlados 22 atletas cadeirantes masculino e feminino, com que participam em provas de atletismo, por ser uma modalidade que não exige muitos materiais.
Miguel Agostinho referiu que desde a criação da associação em 2015, anualmente tem participado em campeonatos nacionais, em ciclismo, onde a prestação da província tem sido “boa” atingindo o terceiro lugar da classificação, apesar das dificuldades técnicas.
Esclareceu que estas provas têm sido promovidas pelo Comité Paralimpico, que tem apoiado em termo de alojamento e alimentação dos atletas, assim como do próprio Governo da província, que ajuda com transporte os atletas até o local da competição.
De igual modo, defendeu a necessidade da promoção de mais eventos desportivos, em datas especiais, como aniversário da província e outras efemérides, para despertar o desporto paralímpico na região.
Entretanto, ressaltou a importância do desporto paralímpico, por agregar uma franja da sociedade com necessidades especiais, que precisam de uma ocupação.
“As pessoas com deficiência vêem o desporto como um meio importante para retirar a depressão, delinquência, consumo excessivo de álcool, o que acaba por ajudar em muito no bem-estar psicológico e emocional do praticante.
A Associação dos Desportos para os Deficientes em Angola, foi criado em 1994, actualmente controla mais de dois mil e 500 atletas de diferentes modalidades, com destaque para o futebol para amputados, atletismo, natação, entre outras.FI/LHE/VAB